Defender crianças e adolescentes em uma sociedade em que os casos de violência são tão frequentes é mais do que um desafio, é uma missão. Muitos tomam como um objetivo de vida garantir aquilo que está na legislação como direito do público infanto-juvenil. De janeiro a abril do ano passado, o Disque 100 (Disque Direitos Humanos) registrou mais de 17 mil violações sexuais contra crianças e adolescentes. Foram registradas, ao todo, 69,3 mil denúncias e 397 mil violações de direitos humano, das quais 9,5 mil denúncias e 17,5 mil violações envolvem violências sexuais físicas, como abuso, estupro e exploração sexual, e psíquicas.
É nesse contexto e tendo esses como alguns dos crimes a serem enfrentados é que atuam os Conselhos Tutelares. Em 2023, foi ano de eleição para a definição dos novos conselheiros e, no dia 10 de janeiro deste ano, eles tomaram posse em Paranaguá. Cinco pessoas compõem o quadro e outras cinco suplentes. São funções que devem estar a serviço da sociedade na defesa de quem não tem como se defender sozinho.
Apesar dos índices de denúncias serem altos, sabe-se que muitos dos casos de violação dos direitos desse público são velados e não chegam a serem registrados e não entram nas estatísticas. Uma triste realidade que deve ser combatida por todos os cidadãos para que mais crianças possam crescer e se desenvolver em plenas condições físicas e psicológicas.
Mais do que observar e lamentar, a população deve contribuir para prevenir e enfrentar os crimes que assolam a infância e a adolescência, saber identifica-los e denunciar. A presença do Conselho Tutelar nos municípios é fundamental para isso acontecer, mas também é compromisso de toda a sociedade garantir uma infância feliz e saudável às crianças.