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Direito & Justiça

Caso Isabelly: Júri popular ocorrerá em outubro, em Pontal do Paraná

Advogados de assistência de acusação e de defesa comentam caso

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Após quatro anos do crime, a data para o júri popular de Everton Vargas, o homem que confessou ter atirado na youtuber Isabelly Cristine Domingos dos Santos, está próxima. O julgamento ocorrerá no dia 24 de outubro, em Pontal do Paraná, às 9h. O fato aconteceu na madrugada de 14 de fevereiro de 2018, em Pontal do Paraná, quando Everton realizou seis disparos contra o carro em que estava Isabelly, na PR-412.

O julgamento será realizado no Auditório Primavera, localizado na Rua Tom Jobim, 284, Primavera, em Pontal do Paraná, próximo à Escola Municipal Primavera. O Tribunal do Júri será presidido pela juíza de Direito Cristiane Dias Bonfim Godinho.

A advogada da família de Isabelly, Dra. Thaise Mattar Assad, comentou sobre a expectativa para o dia do júri e a resolução do caso. “A expectativa da Assistência da Acusação é que a população de Pontal do Paraná finalmente tenha a oportunidade de analisar o assassinato de Isabelly e concluir pela necessidade de condenação do responsável pela morte”, disse.

Em setembro de 2019, a 1.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), por unanimidade, manteve a decisão que leva Everton Vargas, acusado de matar a adolescente Isabelly Cristine Domingos dos Santos, a julgamento popular.

O crime aconteceu na madrugada de 14 de fevereiro de 2018, em Pontal do Paraná, quando Everton realizou seis disparos contra o carro em que estava a vítima. Ele foi denunciado por homicídio qualificado e porte ilegal de arma de fogo.

Em setembro de 2019, a 1.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná, por unanimidade, manteve a decisão que leva Everton Vargas a julgamento (Foto: Arquivo / reprodução G1)

O advogado de defesa, Cláudio Dalledone, comentou sobre a proximidade do júri popular e também a expectativa para a data do julgamento. “A defesa irá continuar de maneira incessante lutando pelos direitos e garantias do acusado. Ao contrário do que até agora fez a assistência de acusação que tenta construir um homicídio doloso e um crime cometido por um monstro. Atacando a verdade e principalmente influenciando o ideário popular, influenciando de maneira negativa, tudo a demonstrar que, o que eles buscam é uma vingança e não justiça. A justiça é calma e age de acordo com o que determina a lei e principalmente com o que comanda a Constituição Federal”, disse.

O crime chocou a sociedade. Isa, como era conhecida, tinha um sonho de se formar em jornalismo e seguir a carreira. Sua mãe, Rosania Domingos Santos, está na expectativa para o dia do júri popular e de uma possível condenação de Everton Vargas. “Eu como mãe espero a justiça justa. Espero que as leis dos homens predominem e nos passem as respostas que estamos há quatro anos esperando. Tempo de espera dolorosa e cheia de sofrimento. Sei que minha Isa não volta, mas é o mais digno que um ser humano possa esperar da justiça. Sei que isso nunca foi fatalidade. Fatalidade para mim é sair ali na rua e um carro bater em mim. Mas no caso da minha filha foram vários disparos e nunca foi para assustar e sim para matar. Eu espero que o júri possa servir também como lição que andar armado e bebida não combinam. Quem quer defender uma família não sai armado, penso assim e com o coração massacrado e com lágrimas todos os dias, que possamos fazer o que prometi a ela que seria feito justiça justa e jamais vingança”, contou.

Relembre o caso

Na madrugada de 14 de fevereiro de 2018, em Pontal do Paraná, o acusado Everton Vargas realizou seis disparos contra o carro em que estava a youtuber Isabelly, de 14 anos. Ela voltava de uma entrevista realizada em uma casa noturna junto com a mãe, o motorista e um colega que ajudava nas gravações para o seu canal no Youtube Isa Top Show.

Um dos tiros atingiu a cabeça da vítima, ela chegou a ser socorrida e encaminhada ao Hospital Regional do Litoral (HRL), mas faleceu. Os irmãos Vargas, que estavam no carro de onde partiram os disparos, foram indiciados pelo crime alguns dias depois do ocorrido, sendo que Everton efetuou o disparo e Cleverson dirigia o carro. No entanto, somente Everton será julgado no Tribunal do Júri.

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