Nas últimas eleições o brasileiro passou a utilizar de maneira mais frequente as redes sociais para emitir a sua opinião a respeito da política e dos temas que dela derivam. Passamos a qualidade de “especialistas em generalidades”. Sugerimos discussões que discorreram de temas dos mais variados, desde o penico até a bomba atômica. Refletindo sobre a matéria na qual dedico os meus estudos me deparei com a pergunta: Como ser um candidato “ambientalmente correto”?
Primeiramente ele deve entender que não é produzindo muito papel que se ganha uma eleição. O eleitor deixou de votar em candidatos produtores de lixo que tornam as nossas ruas um verdadeiro mar de fotos produzidas em estúdio e falsas promessas. Hoje o eleitor preza pelo contato pessoal, seja ele no aperto de mão ou pela interação em redes sociais.
Continuando o raciocínio ambiental, o candidato deve entender que a questão ambiental é base para todas as outras políticas públicas que ele pretende desenvolver. No caso dos candidatos a um cargo no Poder Executivo o foco deve ser o que ele pode fazer para preservar/proteger os recursos naturais, haja vista que a má qualidade dos mesmos impacta diretamente nas questões de saúde pública. Para sermos mais objetivos vamos exemplificar com a missão de um Governador.
Na confecção das propostas há de se ter uma visão geral do território a ser administrado. Quais são os rios do estado? Quais rios são os responsáveis pela captação de água? As estações de tratamento de água e esgoto são eficientes? Qual é o índice de saneamento básico do estado? Existem áreas de invasão em locais de risco ambiental? Para aonde vão os resíduos produzidos pela população? Existem aterros sanitários licenciados? Qual a situação das Cooperativas/ Associações de Catadores? Como faz-se a manutenção das áreas verdes? As empresas do estado possuem licença ambiental para o seu funcionamento? Qual o corpo técnico da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Institutos Ambientais que fazem o Controle Ambiental?
Estas perguntas devem ser realizadas antes da elaboração de um plano de governo para que durante a gestão o governante consiga cumprir o seu papel de zelar pelo bem-estar dos cidadãos fazendo com que o seu planejamento seja eficaz deixando um legado para as gerações futuras.