Ciência e Saúde

Litoral tem mais de 600 suspeitas de dengue e três casos confirmados

Agentes de endemias estão encontrando focos do mosquito em todos os bairros de Paranaguá.

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O último boletim epidemiológico da dengue, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) aponta que o litoral do Paraná permanece com três casos confirmados da doença, um em Guaratuba e dois em Paranaguá, sendo todos casos autóctones (ou seja, contraídos no próprio município). Além disso, 619 casos foram notificados e estão sendo investigados. O alerta continua no litoral para evitar acúmulo de água, já que o risco climático é alto, com condições favoráveis para a proliferação do mosquito Aedes aegypti.

Quanto aos óbitos, quatro pessoas já morreram devido a complicações da doença, todas de Londrina, no norte do Estado. Foram notificados em todo o Paraná, da primeira semana de agosto até o sábado, 13 de abril, 26.192 casos suspeitos de dengue, sendo 12.762 descartados. Quanto à distribuição etária dos casos confirmados, 48,35% concentraram-se na faixa etária de 20 a 49 anos, seguida pela faixa etária de 50 a 64 anos (20,73%) e 14,17% na faixa etária de 10 a 19 anos.

Ainda quanto ao risco climático, das 19 estações meteorológicas analisadas no último período pela Sesa, há condições favoráveis à reprodução e desenvolvimento de focos em vários municípios, sendo 11 deles apresentando risco médio e em oito o risco é alto.

Segundo a Sesa, as Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue preveem o controle vetorial como um dos componentes principais para o combate à dengue e outras doenças e requer ações intersetoriais para garantir a eficácia do programa. “Desta forma, deve envolver e responsabilizar tanto os gestores quanto a sociedade. Tal entendimento reforça o fundamento de que o controle vetorial é uma ação de responsabilidade coletiva e que não se restringe ao setor saúde e seus profissionais”, enfatizou a Sesa.

MAIORIA DOS FOCOS ESTÁ NO LIXO

As informações relativas ao vetor (distribuição geográfica, índice de infestação e depósitos predominantes) são essenciais para caracterizar e nortear as ações de controle. No Paraná, 329 municípios (82,5%) são considerados infestados, com disseminação e manutenção do vetor nos domicílios.

A maioria dos focos do mosquito transmissor está presente em lixos como recipientes de plásticos, garrafas, latas, sucatas em pátios e ferros-velhos e entulhos de construção. As autoridades de saúde ainda observaram grande quantidade de focos em vasos e frascos com água, pingadeiras, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais e materiais em depósito de construção (sanitários estocados etc.).

Em um panorama do Estado, 78 municípios estão classificados em situação de risco de epidemia, 177 estão em situação de alerta, 130 em situação satisfatória, 10 não enviaram as informações referentes ao monitoramento e quatro realizaram a pesquisa por armadilhas.

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