Na sexta-feira, o Ministério da Saúde, por meio de uma nota técnica, indicou a dose de reforço, ou seja, a terceira dose contra a Covid-19, para adolescentes no Brasil. Alguns Estados e municípios aguardam a liberação para atender este público, como recomenda a nota técnica recém-publicada. No Rio de Janeiro os adolescentes de 12 a 17 anos já começaram a receber a dose de reforço na segunda-feira, 30. São Paulo também já segue a recomendação.
A medida é apontada como necessária devido à importância da vacinação completa, já que a tendência é que haja a redução da efetividade das vacinas contra a Covid-19 com o passar do tempo. Da mesma forma que idosos e trabalhadores de saúde têm sido vacinados com a quarta dose.
A nota técnica do Ministério da Saúde destaca que vários países já recomendaram a dose de reforço para a população nesta faixa etária, por motivos de segurança, levando em conta o cenário epidemiológico em relação aos casos de Covid-19. Evidências mostraram também a redução da resposta protetora do esquema de duas doses para a variante Ômicron.
Cabe considerar, além das justificativas emitidas na nota técnica, que a vacinação em adolescentes se torna fundamental por este público estar frequentando ambientes com muitas pessoas, como é o caso das escolas. Além disso, se observou no Brasil uma queda nos casos da doença, principalmente casos graves, após a imunização deste público. Desta forma, além de evitar que fiquem doentes, também se previne o contágio de outras pessoas mais vulneráveis e quebra a cadeia de transmissão.
A vacinação de crianças e adolescentes contra a Covid-19 já foi colocada em dúvida pela população em todo o mundo. Mas, desde o início, a administração das doses liberadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem se mostrado segura e eficaz. Que os pais entendam essa necessidade e sigam as recomendações dos órgãos de saúde para o controle da pandemia.