Centro Municipal de Autismo celebra 4 anos de funcionamento em Paranaguá

Na tarde de terça-feira, 18, foi celebrado os 4 anos de funcionamento do Centro Educacional Municipal de Referência ao Transtorno do Espectro Autista (CEMR-TEA), em Paranaguá. Uma iniciativa inédita na cidade, visando a garantir um local de referência para atendimento a crianças autistas. Inicialmente, o centro esteve localizado na Rua Vereador Salim Chede, 240, entre a Secretaria Municipal de Saúde e o Restaurante Popular. Hoje, a sede fica no mesmo prédio da Secretaria Municipal de Inclusão (Semi), localizada na Rua Faria Sobrinho, 371 – Centro de Paranaguá.

A secretária municipal de Inclusão, Camila Leite, comemorou o 4.º aniversário do Centro de Autismo na cidade. “Dá uma alegria muito grande, a gente está aqui há quatro anos dando esse atendimento para todas as crianças e adolescentes do nosso município. São mais de 1.200 crianças atendidas, desde 2020 até agora. Hoje a gente fecha com 650 atendimentos por semana. Então é uma alegria muito grande a gente poder proporcionar isso. Então além do CMAE, que tem as avaliações, a gente tem o Centro de Autismo, que tem as terapias. No caso, são quatro anos funcionando aqui em Paranaguá. O Centro de Autismo está juntamente com a Secretaria Municipal de Inclusão”, disse.

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Segundo a secretária, todos os munícipes podem buscar atendimento na Secretaria Municipal de Inclusão, ou seja, não restrito apenas a alunos matriculados na rede municipal de ensino. “Todos os munícipes que tenham encaminhamento para terapia ou laudo médico para avaliação são atendidos aqui na secretaria. Então, não precisa ser aluno da rede municipal, pode ser do particular, desde que venha pelo SUS. É na UBS que você pega o encaminhamento e é encaminhado para a secretaria. Tanto para o Centro de Autismo quanto para a secretaria, em terapias”, explicou Camila Leite.

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“Hoje, no Centro de Autismo a gente tem ensino estruturado, estimulação precoce, fono, psicóloga, psicomotricidade, treinamento parental, musicoterapia, teatro, então a gente tem diversas atividades, diversas oficinas e terapias também. Hoje, na Secretaria Municipal da Inclusão, são 1.050 crianças por semana. Só no Centro do Autismo, são 650 crianças e adolescentes atendidos. A gente atende a partir de dois anos de idade”, completou a secretária.

O prefeito Marcelo Roque destacou a importância do Centro de Autismo para a cidade de Paranaguá. “Eu lembro do início, 4 anos atrás, era no antigo Centro de Autismo, ao lado do Restaurante Popular. Foi um pedido da minha esposa, Amanda Roque, e só tínhamos o Centro de Autismo em Curitiba. Paranaguá é a segunda cidade do estado do Paraná a criar o Centro de Autismo, com isso a demanda cresceu muito. Nós tivemos até que fazer uma Secretaria de Inclusão, hoje ela engloba a Secretaria de Inclusão, que ajuda todos os nossos PCDs, principalmente os autistas, que nós temos no município, profissionais capacitados que estão trabalhando aqui. Eu tenho que parabenizar a secretária Camila Leite e todas as pessoas que trabalham aqui no dia a dia”, relatou.

O secretário de Estado do Desenvolvimento Social e da Família, Rogério Carboni, participou do evento festivo. “Tem que reconhecer o trabalho em toda a área de assistência da pessoa com deficiência e do autismo do município de Paranaguá, sob a liderança do prefeito Marcelo Roque. Paranaguá é um exemplo, seja na área da pessoa com deficiência, seja na área de assistência, é maravilhoso ver o ambiente que estamos vivendo aqui, uma integração total da comunidade, digno de aplauso. O governo do Paraná aplaude toda essa atitude”, parabenizou.

Ana Paula dos Santos França é mãe de Felipe Sebastian França Pereira, de 10 anos. Aos três anos, ela começou a perceber que seu filho já lia e escrevia. Após avaliação com o neuro, ele foi laudado aos seis anos de idade. “Eu fui indicada a buscar o Centro de Autismo, daí eles abraçaram a causa, e ele começou a fazer as terapias desde 2020. Desde então, nunca ficou desassistido, fez várias terapias. Ele no início era não-verbal, tinha problema de audição também, hoje em dia é normal, canta, dança, brinca, interage, ele faz capoeira, já fez futsal, faz musicoterapia. Hoje é uma vida bem normal, não usa mais abafador, tudo devido às terapias. Antes da terapia ele nem se envolvia e hoje em dia ele se apresenta na escola, brinca, tem amigos, leva amigos para dormir em casa”, descreveu a mãe do Felipe.