Trânsito

População pede mais segurança na Avenida Bento Rocha

Professores e alunos querem semáforo e presença da Guarda Civil Municipal

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A Avenida Bento Rocha é constantemente lembrada pela população quando o assunto é a necessidade de mudança ou revitalização. O principal problema enfrentado é a falta de segurança, em virtude do risco iminente enfrentado diariamente por quem precisa atravessar a via, em especial, ciclistas e pedestres. A boa notícia é que a via pode começar a receber obras de recuperação em breve.

A professora na Escola Municipal Randolfo Arzua, Sheila Santos, costuma ir de carro ou a pé ao trabalho e precisa enfrentar o fluxo alto de veículos na avenida, além de observar a dificuldade dos alunos para fazer a travessia. “É muito complicado para atravessar. Não temos faixa para pedestres na avenida, por isso fica muito difícil passar. Mesmo quando chove e a rua da escola fica toda alagada, os motoristas não param para que a gente possa atravessar. A única saída que temos é esperar até que alguma pessoa pare”, analisou Sheila.

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Ciclistas correm riscos diariamente na avenida ao tentar atravessar a via

 

Para ela, algumas medidas podem auxiliar o dia a dia da população que precisa passar pela localidade. “Seria interessante colocar um semáforo e, principalmente, um guarda municipal, porque o que está em risco é a segurança das crianças e de toda a comunidade. Na realidade, não temos nem placas de sinalização. Outro problema que incomoda muito é o cheiro, existe muita sujeira, o cheiro dentro da sala de aula é terrível”, acrescentou a professora, destacando o mau cheiro da via em função da falta de limpeza e manutenção constante da via.

Silvana Matozo reside na Vila Rute e precisa atravessar a Avenida Bento Rocha quatro vezes por dia, de bicicleta, para levar e buscar a filha na escola. De acordo com ela, a presença de um guarda municipal ofereceria mais segurança aos moradores. “O ideal seria ter um guarda em tempo permanente somente em função da escola. Porque os horários de entrada e saída dos alunos variam muito, algumas crianças saem mais tarde, outras mais cedo. Já vi crianças voltando para casa sozinhas, muitas vezes os pais trabalham e não podem buscar. Eu mesma quase já fui atropelada, estava de bicicleta e havia muito movimento. Quando fui atravessar, outro caminhão estava vindo e eu tive que desviar. É um risco que corremos todo dia. Precisamos que algo seja feito, porque está muito difícil”, afirmou Silvana.

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Ciclovia é uma das maiores reivindicações da população

 

OBRAS PREVISTAS

Embora a presença da Guarda Civil Municipal na via seja de competência do município, a avenida em breve receberá obras que poderão minimizar esses problemas. A Avenida Bento Rocha será revitalizada pelo Governo do Estado. A obra foi anunciada junto com outra de grande relevância para a cidade, a de construção de um viaduto na entrada da cidade, no km 5, que visa a desafogar o trânsito.

O Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR) informou que foram feitas duas licitações diferentes. Uma delas para a recuperação de um trecho de 2,9 quilômetros da Avenida Bento Rocha. A empresa vencedora foi a Legnet Engenharia Ltda., que já foi anunciada e fará os trabalhos pelo valor de R$ 15,9 milhões.

“O DER-PR e esta empresa estão acertando os últimos detalhes da assinatura do contrato. Se não houver problemas neste processo será emitida a ordem de serviço para o início das obras ainda esta semana. De acordo com o edital de licitação, cabe à empresa o organograma dos trabalhos e decidir onde começa a executar os serviços de recuperação do pavimento de concreto, a readequação do sistema de drenagem e a ciclovia da Avenida Bento Rocha em Paranaguá. A exigência do DER-PR é que a execução da revitalização deste trecho entre a ponte sobre o Rio Emboguaçu e a interseção com a Avenida Portuária seja feita em 365 dias, salvo se houver exceções previstas no edital”, informou em nota a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Seil).

Conforme o plano de execução, a frente de serviço 1, localizada entre a Ponte sobre o Rio Emboguaçu e a Rua Sargento Ismael F. Silva, tem uma extensão aproximada de 980 metros. A área é basicamente residencial com a presença de alguns comércios, por isso ficará garantido pela construtora responsável o acesso dos moradores durante o período de obras. A frente de serviço 2 localiza-se entre a Rua Sargento Ismael F. Silva e a Avenida Coronel Santa Rita, com extensão aproximada de 840 metros. A frente 3 compreende o trecho entre as avenidas Coronel Santa Rita e Portuária, com extensão de 1.006 metros.

VIADUTO

Já as obras para construção do viaduto devem demorar um pouco mais para começar. A licitação atrasou porque uma empresa derrotada no processo entrou com um recurso administrativo e isto ainda está sendo analisado pelo DER-PR. “Não há uma data oficial para homologar a empresa vencedora. O Governo do Estado trata esta obra como prioritária, mas reconhece que empresas que participem dos processos licitatórios devem buscar seus direitos”, considerou a Seil.

O viaduto terá 6 metros de altura, 7,6 de largura e mais de 900 metros de extensão, considerando as rampas de acesso e a pavimentação sobre a estrutura.

 

 

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