Neste mês, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) divulgou dados importantes do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
O Brasil aparece em 75.º lugar, ficando atrás, por exemplo, de países como a Venezuela, que vive um momento conturbado nas esferas política e econômica. Algumas informações chamam a atenção. Uma delas é a desigualdade de gênero, que aponta que mulheres estudam mais, porém ainda possuem renda 42% menor que os homens na média geral.
Em primeiro lugar, com o melhor IDH, na pesquisa do Pnud, está a Noruega. Em último, com o menor IDH do mundo, está o Níger, País localizado na África Ocidental.
DESIGUALDADE DE GÊNERO
Uma das realidades mostradas pela estatística sobre o Brasil é com relação à expectativa de vida da mulher, que ainda é mais alta que a do homem, 79 anos para elas e 72 anos para eles. No quesito educação, elas se destacam, com média de oito anos de estudo, enquanto eles ficaram com média de 7,7 anos.
ESTUDO X RENDA
Apesar de estudarem mais tempo, as mulheres estão muito abaixo quando o assunto é Renda Nacional Bruta per capita. Os homens atingiram uma média de renda de U$ 17.566,00 e as mulheres U$ 10.073,00. A presença da mulher na política também é pequena, 11,3% das brasileiras ocupam o Congresso Nacional, sendo este o pior resultado entre os países da América do Sul. O Pnud ainda aponta que elas gastam cerca de 4,3 vezes mais seu tempo com afazeres domésticos e de cuidados do que os homens.
Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada neste ano complementa essas informações relacionadas à inserção da mulher no mercado de trabalho. Em 2016, enquanto o rendimento médio mensal dos homens era de R$ 2.306,00, o das mulheres era de R$ 1.764,00.
Os dados indicam que o percentual de homens que completaram a graduação foi de 15,6%, enquanto as mulheres atingiram 21,5%, indicador 37,9% superior ao dos homens.
MERCADO DE TRABALHO
Quando se trata de ocupações em tempo parcial (até 30 horas semanais), o índice é maior entre as mulheres (28,2%) do que entre homens (14,1%). As mulheres trabalhadoras dedicam 73% mais horas que os homens nos afazeres domésticos.
O número de mulheres empregadas no Paraná, segundo o IBGE, aumentou 6,13% desde 2012. O número de homens empregados aumentou 1,66%. Com isso, quase dois milhões de mulheres entraram no mercado de trabalho em todo o País. No Paraná foram 136 mil.
TAXA DE FECUNDIDADE
A taxa de fecundidade adolescente é um indicador que vem reduzindo no Brasil no período entre 2011 e 2016. De 15 a 19 anos, a taxa caiu de 64,5 para 56 nascimentos a cada mil mulheres. No entanto, a desigualdade entre os Estados é grande. Enquanto no Acre uma em cada dez mulheres entre 15 e 19 anos teve filho em 2016; no Distrito Federal, a maternidade chegou para quatro a cada 100 adolescentes.
O QUE É O IDH?
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida resumida do progresso a longo prazo em três dimensões básicas do desenvolvimento humano: renda, educação e saúde. O objetivo da criação do IDH foi o de oferecer um contraponto a outro indicador muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento.
*Com informações do Pnud e IBGE