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Policiais civis homenageiam colega assassinado em Matinhos 

Policiais civis homenageiam colega assassinado em Matinhos 

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O dia 3 de setembro de 2018 ficou marcado como um dia triste para a sociedade litorânea, bem como para a Polícia Civil do Paraná e todas as autoridades de segurança atuantes no Estado. Essa foi a data em que faleceu, no Hospital Regional do Litoral (HRL), o policial civil Jorge Fernando Brito, de 30 anos, lotado na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Curitiba. Ele foi alvejado por quatro disparos de arma de fogo no abdômen e no braço no Balneário Gaivotas, em Matinhos, no sábado, 1.º, junto com a namorada Geovana Maria Rocha, de 19 anos, que foi atingida por dois tiros na perna. Ele não resistiu aos ferimentos e faleceu, gerando comoção entre policiais civis e a sociedade paranaense. A namorada de Brito já está fora de perigo e recebeu alta do HRL.

No início da noite da segunda-feira, 3, um cortejo foi realizado por policiais civis de várias delegacias e divisões da Polícia Civil do Paraná, saindo do Instituto Médico Legal (IML), passando por avenidas de Paranaguá, indo posteriormente para a Capela Municipal do Cemitério Nossa Senhora do Carmo.

Após homenagens a Jorge Brito, o corpo do policial foi encaminhado a Curitiba e transladado até Dourados, no Mato Grosso do Sul. 

OPERAÇÃO PRAIA LIMPA

Segundo o delegado do Centro de Operações Policiais Especiais (COPE), Rodrigo Brown, a morte trágica do policial Jorge Fernando Brito fez com que a Operação Praia Limpa, já prevista para acontecer no litoral nos próximos meses, fosse antecipada pela Polícia Civil. “Foi um assassinato injusto e covarde que nos levou a adiantar um pouco a operação, até para mostrar a resposta do Poder Público à morte do policial. Não podemos aceitar que bandidos matem policiais e fiquem impunes. O cara que ataca um policial, imagine o que ele pode fazer com um cidadão de bem, com uma pessoa trabalhadora que não tem como se defender”, completa. 

Delegado do COPE, Rodrigo Brown, explica que morte violenta do policial antecipou Operação Praia Limpa contra o narcotráfico no litoral

Na operação, que foi feita por meio do setor de inteligência do COPE da Polícia Civil, houve o apoio de policiais da DHPP, Grupo Tigre, DENARC, Grupamento de Operações Aéreas e das Delegacias de Matinhos e da 1.ª Subdivisão Policial de Paranaguá. “Inclusive o helicóptero nos ajudou muito, pois os marginais tentaram empreender fuga e foram cercados pelo helicóptero”, explica o delegado do COPE.
Segundo o delegado Rodrigo Brown, o adiantamento da operação prejudicou um pouco as apreensões, visto que os traficantes da região estão assustados com a forte movimentação policial no litoral desde o atentado sofrido pelo policial Brito. “De qualquer maneira, os principais alvos foram presos, sete pessoas foram presas com cinco mandados de prisão preventiva foram cumpridos. Localizamos mais um foragido da Colônia Penal Agrícola e um outro rapaz foi preso em flagrante”, explica. 

“Foi realizada a apreensão com um dos alvos de munição nove milímetros que pode ser da mesma marca e ter relação com o assassinato do policial. Esperamos dar um pouco mais de tranquilidade para a população litorânea”, explica, destacando também a proximidade da temporada de verão. “O povo do litoral não merece esta ocupação do narcotráfico com o jeito que as coisas vinham acontecendo”, destaca, afirmando que algumas “cabeças” das quadrilhas de narcotraficantes foram presas na ação.

CRIMES NO LITORAL

“Esses crimes que vêm ocorrendo aqui no litoral não nos deixam tranquilos e, como pode ser visto, temos regularmente feito operações no litoral para tentar dar combate a esta praga do narcotráfico que vem assolando a região”, afirma o delegado Rodrigo Brown sobre a Operação Praia Limpa que foi realizada na terça-feira, 4, no litoral do Paraná. Segundo Brown, na ação foram apreendidos celulares e angariadas informações mapeando três quadrilhas de traficantes que atuam em Matinhos e Pontal do Paraná. 

Segundo o delegado do COPE, investigações estão em andamento e a Polícia Civil está atenta à segurança pública do litoral. “O objetivo é sempre que possível descer ao litoral e dar a nossa parcela de contribuição na segurança pública para tirar estas pessoas que fomentam o crime de circulação, indivíduos que fomentam homicídios, furtos e roubos. Tudo gira em torno do narcotráfico, infelizmente”, explica.

TRÁFICO DE ARMAS

Rodrigo Brown esclareceu que foi realizada a divulgação de áudios de WhatsApp que demonstram a possibilidade de tráfico de armas de fogo no litoral. “Se percebe uma grande movimentação de drogas em negociações e percebe-se que os traficantes estão se armando com armas de grosso calibre, pois se vê em conversas a negociação para compra de metralhadoras, grandes quantidades de cocaína e contato com pessoas de outros países”, afirma. “Apesar de não parecer, as associações criminosas do litoral são de grande periculosidade e necessitam de um combate imediato para que nós não percamos o controle da região”, finaliza.
 

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