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Polícia

Mulher de Paranaguá teria lucrado R$ 400 mil com falso aluguel de casas de veraneio

Suspeita sublocava residências para inúmeras pessoas em golpe complexo. Ela havia fugido para o município de Biguaçu – SC, onde foi presa (Foto: Polícia Civil do Paraná)

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Delegado Guilherme Luiz Dias detalhou que operação foi realizada desde o fim de dezembro quando cerca de 30 vítimas do golpe procuraram a Polícia Civil 

Na tarde de terça-feira, 12, em coletiva realizada pela Polícia Civil do Paraná na Delegacia Cidadã de Matinhos, foram apresentados pelo delegado Guilherme Luiz Dias, na presença do coordenador da Operação Verão, delegado Miguel Stadler, detalhes da operação, a qual prendeu durante a manhã de ontem, uma golpista de Paranaguá, que teria lucrado mais de R$ 400 mil com o golpe do “falso aluguel”. Marilucia de Fátima Ferreira de Jesus, 47 anos, “alugava” de forma fraudulenta casas de veraneio a turistas. Ela, que atuava informalmente como corretora, principalmente em Guaratuba, foi presa no litoral de Santa Catarina para onde havia fugido. Cerca de 20 a 30 pessoas foram vítimas do golpe.

“A investigação se iniciou no final de dezembro quando vítimas vieram procurar a Polícia Civil alegando que haviam alugado residências para passar o final de ano, quando na verdade essas casas já haviam sido alugadas para várias outras pessoas. Reunimos várias provas que demonstraram que as vítimas realizaram o depósito de dinheiro prévio, em vários casos elas chegaram a visitar as casas, o que dá maior credibilidade para quem havia anunciado. Chegando no dia delas entrarem na residência a casa já estava ocupada por outras pessoas, ou o proprietário afirmava que não havia alugado”, destaca o delegado da Delegacia Cidadã de Matinhos, Guilherme Dias, destacando que havia várias formas de golpe que tinham o mesmo fim: as casas não estavam destinadas para locação.

Segundo o delegado, neste primeiro momento, a Polícia Civil apontou de 20 a 30 pessoas que foram vítimas e lesadas pelo golpe, gerando até agora um prejuízo estimado em mais de R$ 400 mil, valor que pode aumentar até o fim das investigações. “Algumas pessoas fizeram o depósito prévio, outras o depósito total, então estamos contabilizando ainda, a investigação segue para apontar o prejuízo total que elas sofreram”, afirma o delegado Guilherme Dias. 

MODO DE ATUAÇÃO DA SUSPEITA E PRISÃO

“Ela entrava em contato com o proprietário do imóvel com o intuito de sublocar estes imóveis, afirmando que queria alugar para toda a temporada e sublocar para outras pessoas. Então ela tinha acesso à chave do imóvel, as fotos e a toda a estrutura. Assim ela passava a fazer visitas e locar para várias pessoas diferentes o mesmo imóvel”, explica, destacando que a mulher tinha uma rede pessoal de contatos, tanto de forma presencial, quanto por telefone e por redes sociais, principalmente em Guaratuba.  

Delegado Guilherme Dias explicou “modus operandi” da suspeita e como poderá ser feito o ressarcimento dos danos sofridos pelas vítimas (Foto: Polícia Civil do Paraná)

De acordo com o delegado, após o início das investigações no fim de dezembro, a suspeita fugiu para o litoral catarinense no município de Biguaçu, em uma casa na área rural durante dois meses. “Depois disso, nossa equipe se deslocou até Santa Catarina e realizou a prisão da mulher na manhã desta terça-feira, 12”, explica Guilherme Dias. Segundo ele, é essencial o registro de Boletim de Ocorrência (BO) em qualquer tipo de fraude ou golpe no litoral. 

PASSAGEM PELA POLÍCIA

Segundo o delegado, a mulher presa já tinha passagem na Polícia com um mandado de prisão expedido em Ponta Grossa. “Não temrelação com nossa investigação no litoral paranaense. Enfim, ela já foi investigada e teve mandado de prisão. Existiam dois mandados de prisão em aberto que foram cumpridos”, explica, destacando outro mandado expedido pelo golpe do “falso aluguel”. “A nossa equipe apurou diversos casos de falso aluguel de imóvel, mas neste caso ela atua sozinha”, completa. 

RESSARCIMENTO DAS VÍTIMAS

Sobre o ressarcimento dos mais de R$ 400 mil às vítimas do golpe, a forma de devolução será um processo complexo analisado caso a caso nos próximos meses. “Existem medidas judiciais na área cível que seria interessante as vítimas procurarem, mas na área criminal temos a questão da reparação de danos onde nós fazemos a busca e apreensão do produto docrime e outros bens que podem servir à reparação das vítimas, com possível leilão e alienação dos bens”, detalha. 

“Já houve o bloqueio das contas bancárias dela representadas pela Polícia Civil. Logicamente que nesses casos havendo fraudes com grande quantia de dinheiro uma grande parte acaba se perdendo, mas a prioridade da Polícia Civil é justamente não só realizar a prisão, mas também tentar reaver todo o prejuízo de quem caiu no golpe”, ressalta o delegado da Polícia Civil de Matinhos, Guilherme Dias. 

Marilucia de Fátima Ferreira de Jesus, 47 anos, “alugava” de forma fraudulenta casas de veraneio a turistas principalmente em Guaratuba (Foto: Polícia Civil)

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