Cargill destinará US$ 30 milhões para proteção de florestas no Brasil

Há quase cinco anos, na Cúpula Climática das Nações Unidas, assinei a Declaração de Nova York sobre Florestas. Ao fazer isso, prometi que a Cargill iria fazer a nossa parte para desacelerar, deter e reverter a perda florestal global, ao mesmo tempo reforçando a segurança alimentar para todos.

É um compromisso que continuamos a apoiar. Desde 2014, desenvolvemos novas políticas e planos de ação, aderimos a coalizões e nos alinhamos com parceiros sérios. Juntos, estamos tomando medidas – como a implementação de programas significativos para extrair cacau na Costa do Marfim, promover práticas sustentáveis para o óleo de palma na Indonésia, e apoiar a produção mais sustentável de soja no Brasil.

No entanto, apesar de nossos esforços coletivos, a indústria está prestes a ficar aquém da meta de 2020 para eliminar o desmatamento nas principais cadeias de fornecimento, incluindo carne, soja e óleo de palma. Para mim, é difícil admitir – mas isso não é motivo para deixar de tomar medidas críticas.

Nossa empresa, setor e organizações em todo o mundo precisam fazer mais. Temos de avançar mais rapidamente. E temos que agir em conjunto.

As florestas e a agricultura devem coexistir

Devemos cessar o desmatamento de uma forma que proteja as florestas e vegetação nativa e, ao mesmo tempo, permitindo que os agricultores e comunidades prosperem. Talvez em nenhum lugar isso seja atualmente mais crítico do que na região do Cerrado do Brasil.

O Cerrado é o lar de mais de 28 milhões de pessoas e a agricultura é um componente crítico da economia local. A região também sustenta uma vasta gama de biodiversidade vegetal e animal, que devem ser protegidas.

Equilibrar as necessidades das florestas, dos agricultores e das comunidades é um desafio que não pode ser resolvido por qualquer empresa sozinha. A Cargill tem focado na criação de cadeias de fornecimento sustentáveis por muitos anos. Nossa experiência tem nos mostrado que apenas temos sucesso quando todos os envolvidos na cadeia de fornecimento trabalham juntos. 

Também aprendemos que as soluções raramente são simples ou universais. As mudanças que implementamos em nossa cadeia de fornecimento de palma, por exemplo, não funcionarão na cadeia de fornecimento de soja, onde a indústria é mais fragmentada e a economia agrícola é drasticamente diferente.

Soluções exigem ação colaborativa

A indústria da soja no Brasil tem muitos players grandes e pequenos. Se a Cargill sozinha toma iniciativas, as mesmas práticas que existem hoje vão continuar. Acreditamos que mais deve ser feito. O setor, comunidades locais e governos devem encontrar e combinar uma solução compartilhada.

O setor de alimentos e agricultura entende o poder da inovação para acelerar soluções positivas em escala.  É nossa responsabilidade comum proteger o planeta e garantir que as comunidades locais tenham iguais oportunidades de prosperar.

É por isso que a Cargill está destinando U$ 30 milhões para acelerar novas ideias!

E é por isso que estou chamando urgentemente nossos concorrentes, clientes e outros para que se juntem a nós.

Convocaremos as melhores e mais brilhantes mentes para identificar soluções inovadoras para acabar com o desmatamento, começando com a indústria da soja no Brasil. Ela irá tomar medidas coletivas para resolver esse problema, não apenas transferi-lo para a cadeia de fornecimento de outra empresa.

A Cargill é uma grande empresa e nós mesmos podemos orientar a mudança. Trabalhando com os outros, podemos transformar o nosso setor. E ao fazer isso, podemos criar uma cadeia de fornecimento socialmente responsável, ambientalmente saudável e economicamente viável que funcione para todos.

Juntos podemos e juntos iremos.

Para saber mais ou juntar-se à Cargill no combate ao desmatamento, acesse Cargill.com.

 

O editorial assinado pelo CEO Global da Cargill Dave MacLennan foi publicado no site Tropical Forest Alliance 2020,  em 13 de junho de 2019.