Está intrinsecamente relacionado aos princípios de nossa Sublime Ordem que propaga ser uma escola formadora de líderes. Como sabemos, o exercício da liderança representa um ônus elevado, pois, além da responsabilidade inerente, o comportamento é fundamental pelo exemplo que sua imagem passa aos seus seguidores. Temos que praticar fora do Templo o que aprendemos na Maçonaria.
Ao ingressarmos em nossa instituição, juramos o respeito aos seus estatutos, regulamentos e acatamento às resoluções da maioria, tomadas de acordo com os princípios que a regem, bem como, o amor à Pátria, crença no G\A\D\U\, que é Deus, respeito aos governos legalmente constituídos e acatamento às leis do nosso País. Por esta razão, espera-se que o maçom reitere seu juramento com sua presença nas reuniões maçônicas e se dedique, de corpo e alma, à prática da moral, da igualdade, da solidariedade humana e da justiça, em toda a sua plenitude.
Destacamos, resumidamente, como essenciais à formação do templo interior de cada maçom, os ensinamentos a seguir que recebemos através dos estudos desenvolvidos nos vários graus maçônicos.
SABEDORIA O somatório dos conhecimentos adquiridos durante nossa existência pela experiência própria ou através dos ensinamentos recebidos devem nos orientar no sentido que, antes de tomarmos uma decisão, precisamos avaliar o quanto conhecemos do fato, se é a verdade e se irá trazer algum benefício, ou seja, devemos usar o princípio das “peneiras da sabedoria”.
Podemos pressupor que todos os maçons tenham o domínio sobre o saber necessário para comportar de forma digna em todos os momentos, sejam eles profanos ou maçônicos, mas precisam lembrar-se, sempre, que é mais fácil sucumbir ao vício, que aprimorar a virtude.
Cultuamos a Sabedoria, O Profeta Moisés disse…. “O que o Deus Eterno ordenou é isto: Quando alguém prometer dar alguma coisa ao Eterno ou jurar que fará ou deixará de fazer qualquer coisa, deverá cumprir a palavra e fazer tudo o que tiver prometido”. Na procura da Sabedoria Jesus disse: “Nossas atitudes escrevem nosso destino. Nós somos responsaveis pela vida que temos. Culpar os outros pelo que nos acontece é cultivar a ilusão. A aprendizagem é nossa e ninguém poderá fazê-la por nós”, e o Profeta Mohamad disse: "Quem busca o conhecimento e o acha, obterá dois prêmios: um por procurá-lo, e outro por achá-lo. Se não o encontrar, ainda restará o primeiro prêmio”.
A Maçonaria nos ensina a Tolerância, é das virtudes maçônicas, a mais enfatizada, pois significa a tendência de admitir modos de pensar, agir e sentir que diferem entre indivíduos ou grupos políticos ou religiosos. Muitas vezes confundimos tolerância com conivência. Tolerância é a habilidade de conviver, com respeito e liberdade, com valores, conceitos ou situações que, nem sempre, concordamos, portanto, há convivência, mas não há, obrigatoriamente, concordância. Conivência é a convivência em que, mesmo não concordando com certos valores, conceitos e situações, deixamos de expressar nosso parecer desfavorável, não refutamos mesmo que só em pensamento e, não reprovando, estamos tacitamente autorizando, aceitando, gerando cumplicidade.
É preciso praticar a tolerância com a família, amigos, no trabalho, bem como na sociedade em geral, pois um dos postulados em que a Maçonaria se fundamenta e dado inclusive como exigência, como fundamento: “Exigir a tolerância com toda e qualquer forma de manifestação de consciência, religião ou de filosofia, cujos objetivos sejam de conquistar a verdadeira moral, a paz e o bem-estar social”.
A tolerância também está ligada à democracia, pois a tolerância nos faz admitir, que nosso voto seja vencido, acabando-se os argumentos, feita a votação; o resultado tem que ser respeitado e apoiado para o bem da causa maior, isso nos parece que seja um sentimento, ou melhor dizendo, uma atitude tolerante. Mahatma Gandhi afirmou: Desconfie das pessoas que vendem ferramentas, mas que nunca as usam, ou seja, como pregamos tolerância se dela não fazemos uso. Portanto a prática da tolerância é indispensável para todo aquele que a exige.
Dentro da Maçonaria não é diferente, entendemos que a tolerância está ligada, como ponto de partida às concessões feitas para preservar as engrenagens da Ordem, que admite e respeita as opiniões contrárias.
O Maçom busca o Bem pelo cultivo das virtudes e pelo abandono dos vícios. Tenta polir constantemente a sua pedra bruta reforçando a sua virtuosidade e reprimindo conscientemente os seus defeitos. Pela autodisciplina livremente imposta a si mesmo, torna-se também exemplo para seus pares, colaborando para o progresso moral daqueles que com ele interagem.
Yassin Taha
Deputado Federal GOB