A arca era o símbolo mais importante da fé hebraica e serviu como a única manifestação física de Deus na terra. A importância da Arca pode ser vista pela sua localização no Tabernáculo, e posteriormente no Templo/na Loja (Sanctus Sanctorum) bem como as restrições em torno dela como, por exemplo, de que somente o Sumo Sacerdote (Aarão) poderia adentrar no lugar santíssimo e isto só uma vez no ano por ocasião do Dia do Perdão. Nela foram depositados os mandamentos de Deus recebidos por Moises e guardados ate o tempo do Rei Salomão. Segundo a tradição, a Arca continha o Decálogo (os Dez Mandamentos ditados por Deus a Moisés), o cajado de Aarão e um recipiente com maná. Para os israelitas, a Arca representa Deus acompanhando os judeus durante a travessia do deserto. A Arca desapareceu na tomada de Jerusalém, em 586 d.C., embora seja mencionada em lendas posteriores.
Na Maçonaria esse tema é trabalhado em vários dos seus graus filosóficos, e adotam como núcleo simbólico do ensinamento que ali se veicula a alegoria da procura da verdade que evoca o poder místico que o verdadeiro nome de Deus possui, é um tema de grande importância, de uma forma geral os maçons adotam a tradição de que o verdadeiro significado desse nome é um segredo guardado a sete chaves pelos Mestres da sabedoria arcana. Assim os ritos maçônicos trabalham com a ideia de que os sons vocálicos originais do tetragrama são interditos ao vulgo e a pronuncia correta dessa palavra, que está confiada a sabedoria de muitos poucos escolhidos.
Moisés foi proibido de divulga-la a não ser ao seu irmão Aarão que seria futuramente o Sumo Sacerdote do povo hebreu. E este ao seu sucessor como Sumo Sacerdote, tradição essa que continuou sendo praticada até a destruição do primeiro Templo.
Em resumo, esse teria sido o testemunho que Moises teria depositado na Arca da Aliança, juntamente com as duas Tábuas contendo os Dez Mandamentos. Registre-se, que o próprio Decálogo, em sua inspiração arcana, não era apenas um código de leis e preceitos, feito para guia a vida moral e social do povo de Israel. Ele próprio era um simbolismo que retratava a própria Árvore da Vida, em cujas dez esferas de energia está retratado todo o processo pelo qual o Criador constrói o universo e o dirige.
YASSIN TAHA
DEP.FEDERAL GOB – Loja Perseverança 0159