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Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá

Mico-leão-da-cara-preta: um habitante do litoral

Uma vez que no dia 5 de junho comemoramos o Dia Mundial do Meio Ambiente, em homenagem à Mãe Terra, o Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá (IHGP) dedicará o mês de junho a esse tema.

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Uma vez que no dia 5 de junho comemoramos o Dia Mundial do Meio Ambiente, em homenagem à Mãe Terra, o Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá (IHGP) dedicará o mês de junho a esse tema. A semana passada esta coluna apresentou dados sobre o guará, ave de cor vermelha que deu o nome aos municípios de Guaraqueçaba e Guaratuba.

Hoje comentaremos sobre outro habitante do litoral, o mico-leão-da-cara-preta, espécie rara e endêmica. Endêmica porque só ocorre em um determinado espaço, no caso, a Ilha de Superagui, localizada no município de Guaraqueçaba, incluída no Parque Nacional do Superagui, Estado do Paraná, e Ariri, Parque Estadual do Lagamar, área próxima ao Canal do Varadouro, município de Cananeia, Estado de São Paulo.

Para melhor entendimento, em nível de Brasil, existem apenas quatro espécies de micos-leões: o mico-leão-dourado (Rio de Janeiro), o mico-leão-da-cara-dourada (Bahia), o mico-leão-preto (São Paulo) e o mico-leão-da-cara-preta (divisa entre Paraná e São Paulo).

Das quatro espécies, o de cara-preta foi a descoberta mais recente, apenas em 1990 essa espécie foi descrita cientificamente e recebeu o nome de Leontopithecus caissara, em homenagem às populações tradicionais caiçaras existentes na região. A descoberta científica de uma espécie de primata na década de 90 é a prova de que pouco conhecemos do nosso ambiente e, por isso, é importante resguardar algumas áreas do uso descontrolado pelo homem, a fim de que as futuras gerações também possam desfrutar o patrimônio natural que temos hoje, daí a importância das unidades de conservação.

O mico-leão-da-cara-preta vive em grupos de 5 a 9 indivíduos, os quais dormem em ocos de árvores, algumas delas já desvitalizadas, raramente é observado, pois sua carinha-preta faz com que fique escondido durante o dia nas copas das árvores, de onde retira frutos para sua alimentação, a qual é complementada com insetos e pequenas pererecas escondidas nas bromélias. Quando é possível vê-los pulando de galho em galho, é um espetáculo maravilhoso observar a cor laranja do seu corpo destacando-se no verde da floresta de restinga alta, na planície litorânea.

Eis aí um habitante cuja existência reforça a importância do litoral paranaense.

Guadalupe Vivekananda Fabry

Diretora da Biblioteca– IHGP

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