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Infraestrutura

Navios iranianos estão fundeados a 20 quilômetros de Paranaguá e não irão atracar no Porto

Segundo Petrobrás, abastecimento dos navios não será feito por questão das sanções comerciais dos Estados Unidos e possíveis prejuízos decorrentes ao comércio brasileiro (Foto: Portos do Paraná)

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Empresa Portos do Paraná diz que duas embarcações estão recebendo combustível por barcaças

Os navios iranianos Bavand e Termeh, que trouxeram ureia ao Brasil e iriam retornar ao seu País de origem com os porões carregados de milho brasileiro, estão fundeados ao largo do Porto de Paranaguá desde o início de junho. As duas embarcações estão tendo dificuldade de abastecimento para voltar ao Irã devido às sanções comerciais dos Estados Unidos ao país asiático. A empresa Portos do Paraná explicou a situação dos navios, que estão fundeados a cerca de 20 quilômetros do Porto de Paranaguá e destacou que nenhuma das embarcações movimentou ou vai movimentar carga pelos terminais paranaenses.

"Para abastecer, os navios não precisam atracar. Fundeados, eles recebem combustível por barcaças (embarcações menores)", explica em nota a assessoria.

Segundo a Portos do Paraná, o navio Bavand, já autorizado pelos órgãos anuentes, está aguardando fundeado em frente ao Porto de Paranaguá. "A embarcação já está carregada com 48 mil toneladas de milho. A carga foi operada no porto de Imbituba/Santa Catarina", explica. O navio Termeh está fundeado fora da Barra de Paranaguá, a cerca de 20 quilômetros do Porto, vazio e aguardando combustível para seguir até o Porto de Imbituba, Santa Catarina, onde deverá receber carga de milho. 

PETROBRÁS

Em nota, a Petrobrás destaca que não abastecerá as embarcações iranianas por temer sofrer prejuízos e possíveis sanções dos Estados Unidos, em virtude da "guerra comercial" entre os dois países. "Os navios contratados pela empresa importadora encontram-se sancionados pelos Estados Unidos e listados na Specially Designated Nationalsand Blocked Persons List (SDN), da Office of Foreign Assets Control (OFAC). Além disso, há notícia de que esses navios vieram do Irã carregados com ureia, produto também sujeito a sanções norte-americanas. Caso a Petrobras venha a abastecer esses navios, ficará sujeita ao risco de ser incluída na mesma lista, sofrendo graves prejuízos decorrentes dessa sanção. Vale ressaltar que existem outras empresas capazes de atender à demanda por combustível", afirma.

No aspecto judicial, os navios chegaram, no início de julho, a receber uma liminar favorável da 2.ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) que obrigava a Transpetro, ligada a Petrobrás, a fornecer o combustível em caráter de urgência às embarcações. No entanto, o Supremo Tribunal Federal (STF), através do seu presidente, ministro Dias Toffoli, derrubou a liminar após recurso impetrado pela Petrobras. Agora, o processo tramita em segredo de Justiça e ainda cabe recurso junto ao STF.

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*Com informações da Assessoria da Portos do Paraná.

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