Ora, pois, 91% dos deputados alvo da Lava Jato disputam vaga. Dos 55 deputados federais alvo de inquéritos e ações penais na Operação Lava Jato, 50 (o equivalente a 91% do total) vão disputar as eleições deste ano.
A maior parte dos parlamentares (42) disse que disputará a reeleição; quatro pretendem concorrer a uma vaga no Senado; dois a governos estaduais; um ao Legislativo estadual e um à Presidência da República. Três deputados não responderam ou estão indecisos, enquanto apenas dois disseram que não vão ser candidatos.
Cida demite Ezequias
A governadora Cida Borghetti vai extinguir a Secretaria do Cerimonial e Relações Internacionais. Seu secretário, Ezequias Moreira, será devolvido ao órgão de origem em que é funcionário estável, a Sanepar. É o segundo homem que teve proeminência no governo anterior a deixar o Palácio Iguaçu. O primeiro foi Deonilson Roldo, ex-secretário chefe de Gabinete, que foi o braço direito de Beto Richa desde a época da Prefeitura de Curitiba.
Neto de Lula tem sinecura
Thiago Trindade Lula da Silva, neto de Lula, é o novo secretário parlamentar no gabinete do deputado Vicentinho. Ele é filho do ex-vereador Marcos Cláudio, enteado de Lula e sócio da FlexBr, empresa que recebeu repasses do Instituto Lula. O cargo público que Thiago, 21 anos, passa ocupar tem salário superior a R$ 4 mil mais benefícios e gratificações.
Triplex arrematado
Depois de mais de 55 mil visualizações na página do leilão, o triplex-pivô da prisão de Lula foi arrematado por R$ 2,2 milhões, único lance do edital.
Enquanto isso no Twitter…
… Requião mantém o mantra: “Reafirmo que sou absolutamente contrário à prisão preventiva de Beto Richa. A ele deve ser dado o direito à ampla defesa e só deverá ser preso, se condenado, após trânsito em julgado de sua sentença. Pau puro na eleição, isto ele merece! Claro assim?”
“Mordaça contra MP”
Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, está revoltado com o projeto de lei que está na pauta de amanhã da Comissão de Constituição e Justiça do Senado. A peça em questão é o Estatuto de Responsabilidade Civil, que Dallagnol classifica como uma mordaça contra o MP, um disfarce da Lei de Abuso de Autoridade e a “mais recente manobra para tentar inibir o trabalho do MP e da Justiça”.