Fim do lero lero
No futuro se dirá que no dia 9 de agosto de 2016, ao sentar-se para presidir a sessão do Senado destinada a aprovar o relatório que recomendava o julgamento da presidente Dilma Rousseff por crime de responsabilidade, o ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal, voluntária ou involuntariamente acabou com o discurso do “golpe” usado até então pelo PT.
É verdade que ainda por algum tempo, quando nada pela falta de propostas positivas que possam outra vez seduzir parte do distinto eleitorado, o PT insistirá com a ideia de que Dilma foi derrubada por um golpe tramado pelas forças mais conservadoras do País. Mas também será verdade que esbarrará cada vez mais em gente pouco disposta a se deixar enganar.
Dilma, Gleisi e Requião
Um dos pontos de maior regozijo da participação da presidente afastada Dilma Rousseff no evento do petismo na noite de segunda-feira, 8, em Curitiba, foi quando a plateia formada por sindicalistas da APP-Sindicato e CUT, integrantes do MST, e estudantes ligados à UNE, Upes e UJS puxaram em coro um “fora Moro”. Os senadores Roberto Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT), que acompanharam Dilma, não disfarçaram a satisfação com os gritos da militância.
Chororô do Fruet
A construção de dois hospitais públicos em Curitiba, prevista no plano municipal de saúde (2014-2017), não deve sair do papel até o final do ano. O Hospital da Zona Norte e o Instituto da Mulher – chamado anteriormente de Hospital da Mulher – são promessas de campanha do prefeito Gustavo Fruet (PDT) e devem ficar para a próxima gestão. Até o momento, não houve reunião de recursos para estas obras.
Sem voz
O presidente do STF, Ricardo Lewandowski, que preside a sessão do impeachment no Senado, foi rigoroso com o tempo concedido a cada senador. A senadora petista Gleisi Hoffmann teve o microfone cortado embora tenha continuado a falar, mesmo sem ser ouvida pelo plenário todo. “Vossa excelência esgotou [seu tempo] com muito brilho. A senhora agora está sem áudio”, disse o ministro.
"Repactuação"
A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) pediu, em Curitiba, uma “repactuação” para levar adiante uma reforma política no País, com realização de um plebiscito sobre novas eleições e resistência para que o processo de impeachment seja barrado no Senado. A petista falou durante 40 minutos no Circo da Democracia, na praça Santos Andrade.
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