Fábio Campana

Abaixo da linha da cintura

Desde já, nenhuma das bandas economiza golpes abaixo da linha da cintura.

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Desde já, nenhuma das bandas economiza golpes abaixo da linha da cintura. Tudo indica que os candidatos manterão a linha e a dissimulação. Mas seus exércitos não vão poupar munição. Hoje, o que mais fazem é procurar manchas dos adversários registrados em planilhas da Lava Jato. Cada descoberta vale ouro.
Há uma dose enorme de desfaçatez nos gestos dos políticos que se engalfinham e lançam acusações, infundadas ou não, com o único objetivo de tirar o adversário de campo. Chega a ser cômico observar trogloditas de ontem encenando indignação e exigindo bons modos da turma ascendente. Aqui, na terrinha, não será diferente. De sorte que devemos nos preparar para o pior. Troca de insultos, escândalos, factoides, denúncias escabrosas, tudo temperado em pote de mágoa e ressentimentos.
O povo, este povo que sabe ou não sabe votar, acostumou-se a suportar o espetáculo da política com naturalidade. Em compensação, as chamadas elites (privilegiadas consumidoras de proteínas animas) vivem o pavor de perder o que têm, conservadas no vácuo da falta de espírito crítico e senso de humor.

 

Fala, Barack

O PT quer uma forcinha na campanha de internacionalizar o debate se Lula poderá ou não ser candidato nas próximas eleições. Dirigentes estão a mandar recados a Barack Obama para que ele se pronuncie. Não é tarefa fácil, apesar da famosa frase “É o cara”, que Obama pronunciou para Lula, a relação dos dois nunca foi muito estreita: “Na relação com o Brasil, o Bush e a Condoleezza [Rice, secretária de Estado americana à época) foram muito mais democráticos que o Obama e a Hillary Clinton [primeira chefe da diplomacia americana do democrata]”, segundo o próprio Lula.

 

Mais uma bravata

Requião agora quer ser presidente. Diz que fácil, fácil ganharia eleição para governador ou para senador, mas que “desprovido de ambição pessoal” não poderia faltar à nação neste momento. Resolveu encaminhar o nome para o diretório nacional do MDB como alternativa à crise econômica e institucional que o País vive e jura, pés juntos, que “não é um ato de aventura”.

Abaixo da linha da cintura

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