Povo de mau humor
O humor da população é muito volátil. Os prefeitos que tomaram posse em janeiro sabem disso. Vitoriosos, entraram em cena com tudo, sem perceber que os tempos mudaram. Agora o eleitor reage de imediato quando o que ajudou a eleger sai da linha. Grande exemplo é o do prefeito de Curitiba, Rafael Greca de Macedo. O reajuste de 15% nas passagens de ônibus fez dele um prefeito impopular. É o que mostra o novo levantamento feito pelo Instituto Paraná Pesquisas. Hoje, 54,8% dos curitibanos desaprovam Greca, e apenas 37,7% consideram o governo bom. Já 36,7% responderam que Greca tem desempenho pior do que esperavam. E apenas 13,7% foram surpreendidos positivamente. Para saber o que marcou a administração de Greca até o momento, o instituto questionou qual foi a realização do governo que mais se ouviu falar. Aqui, 34,2% responderam o aumento no preço das passagens. E só 8,5% dos entrevistados aprovam o reajuste.Ou seja, não dá mais para enganar todos o tempo todo, Isso é do passado e político que não percebe, dança.
Pegou pesado
O patriarca Emílio Odebrecht, pai de Marcelo Odebrecht, fechou sua delação premiada com o Ministério Público Federal. Está a entregar tudo o que sabe e não é pouco nem são poucos os políticos de todas as cataduras envolvidos na grossa corrupção promovida pela sua empresa. O próximo passo está marcado. Emílio Odebrecht prestará depoimento ao juiz Sergio Moro na segunda-feira. A Polícia Federal mostrou que ele negociou pessoalmente com Lula a medida provisória que favoreceu a Braskem e que rendeu 50 milhões de reais em propinas para a campanha de Dilma Rousseff. O relatório da PF cita 57 vezes “o amigo” do pai de Marcelo Odebrecht.
Condenados do dia
Além de José Dirceu, pela segunda vez, o juiz Sergio Moro condenou ontem: Renato Duque: 6 anos e 8 meses de prisão, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva: 10 anos de prisão, Eduardo Aparecido de Meira: 8 anos e 9 meses de prisão, Flávio Henrique de Oliveira Macedo: 8 anos e 9 meses de prisão. Foram absolvidos Paulo Cesar Peixoto de Castro Palhares e Carlos Eduardo de Sá Baptista.
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