conecte-se conosco

Esportes

Ex-jogador do Rio Branco relembra jogo histórico contra o Maringá

Disputa ocorreu há 40 anos e até hoje rende boas histórias na área esportiva local

Publicado

em

No dia 21 de agosto de 1977, realizando uma campanha digna das suas tradições, campeão da Zona Sul, o Rio Branco, em uma disputa de dois jogos contra o Pinheiros (hoje Paraná Clube), venceu o primeiro jogo na Estradinha, por 1 a 0; o segundo foi no Dorival Brito e Silva, Vila Capanema, em Curitiba onde houve uma torcida com mais de três mil riobranquistas, que viram o Leão empatar em 1 a 1, obtendo a classificação para decidir com o campeão da Zona Norte, quem iria para a quadrangular final. O adversário da grande final seria G.E. Maringá, que possuía uma equipe, forte. No primeiro jogo em Maringá, o Leão perdeu, mas uma simples vitória no jogo da volta e na prorrogação, o Rio Branco estaria na grande final do Paranaense de 1977. No domingo, 21, contra o Maringá, o Rio Branco faz 1 a 0 com Chavala; o G.E. Maringá empata 1 a 1; Chavala faria o segundo gol do Leão, porém foi anulado pelo árbitro Rubens Maranho. Para os torcedores, mal anulado. O jogo terminaria em 1 a 1. O Rio Branco ficou fora do quadrangular final.

O jogador, hoje aposentado, José Carlos Chiaradia jogou por 10 anos no Rio Branco. Nesse período, ele era o capitão do time, o zagueiro. “O Campeonato Paranaense teve um regulamento que a quarta equipe para disputar a final naquele ano sairia do confronto entre a equipe vencedora do Sul e a do Norte. O vencedor da Zona Sul foi o Rio Branco e o da Zona da Norte foi o Maringá”, detalhou. “A história tem esses três times, Rio Branco, Pinheiros e Maringá”, observou. Chiaradia ainda guarda diversos jornais que divulgaram os jogos e sua camiseta oficial do Rio Branco da época. Ele lembra com saudade, alegria e orgulho daquele período. “Hoje continuo torcedor do Rio Branco, não perco os jogos que ocorrem aqui”, ressaltou. Apesar de não jogar profissionalmente, o atleta ainda pratica o esporte. “O que precisamos frisar é que a categoria de base é tudo para a vida do time. É importante valorizar garotos da cidade, do litoral. Nossa região é repleta de garotos com potencial”, avaliou o atleta, que também já fez parte de diretorias do esporte.

 

O ex-jogador José Carlos e o torcedor Jairo Figueira expõem, com orgulho, jornais, fotografias e a camiseta oficial do time usada na disputa de 1977

 

 

TORCEDOR

Jairo Figueira é torcedor desde a adolescência do Rio Branco e não esconde a alegria de ter vivido aqueles momentos na arquibancada. “Vivíamos os inesquecíveis anos 70 e, apesar de o País sofrer com a opressão da ditadura militar, o futebol brasileiro passava por um momento maravilhoso. Eu, um jovem de quase 17 anos, adorava futebol, simplesmente era apaixonado pelo Rio Branco S.C., que havia formado uma equipe forte, competitiva, para disputa do Campeonato Paranaense de 1977”, destacou.

Figueira relembrou o retorno do jogo que classificou o Rio Branco como campeão da Zona Sul. “No retorno pela BR-277 formou-se um comboio da vitória. Dezenas de ônibus, centenas de carros, ao chegar a Paranaguá, desfile na Praça Fernando Amaro, onde milhares de torcedores aguardavam a delegação. Tornou-se um verdadeiro Carnaval”, contou Figueira, relatando como foram os momentos que antecederam o jogo contra o Maringá. “No caminho, multidão de torcedores, todos com esperança na vitória. Às 13h, ocorreu a abertura dos portões e, às 13h30, não cabia mais ninguém, mais de cinco mil fiéis, fanáticos, vibrantes riobranquistas se acotovelavam nas arquibancadas e alambrados da histórica Estradinha. Entrada do Leão em campo, que loucura, euforia, total explosão de alegria, fogos, papel picado, talco, pó de extintor, bandeiras. Tive a sensação que morreria de emoção, de felicidade”, relatou o torcedor. “Em campo, os jogadores do Leão foram verdadeiros guerreiros”, frisou.

O torcedor lembrou que ao término do jogo, apesar de não ter conseguido a classificação, todos os jogadores do Leão foram aplaudidos em pé, por muito tempo. “Justo reconhecimento, em forma de agradecimento àqueles guerreiros que em campo vestiram a tradicional e gloriosa camisa alvirrubra do Rio Branco S.C. – o Leão da Estradinha -, como se deve sempre, com muita raça e amor. Tenho certeza de que para sempre serão lembrados e reverenciados, entrando para a história do Rio Branco S.C., protagonizando aquele inesquecível jogo épico”, enfatizou.

Publicidade






Em alta

plugins premium WordPress