Instituto Estadual de Educação é interditado pela Defesa Civil

O piso superior do Instituto Estadual de Educação Dr. Caetano Munhoz da Rocha foi interditado na manhã de sexta-feira, 16. O local está comprometendo a segurança dos alunos devido à situação precária do telhado. O piso térreo continua com o funcionamento letivo normal.

Segundo informações divulgadas pela Prefeitura de Paranaguá, a interdição 006/2018 ocorreu devido à falta de manutenção do telhado, que está muito antigo. “O forro está condenado e fiações elétricas estão expostas e em contato com a água das chuvas”, disse o subcomandante da Guarda Civil Municipal e diretor da Defesa Civil, Altair Vieira Rosina. “A manutenção deve ser feita com substituição de telhas, entre outros serviços para que as aulas no local sejam retomadas”, completou Vieira.

“O forro está condenado e fiações elétricas estão expostas e em contato com a água das chuvas”, disse o subcomandante da Guarda Civil Municipal e diretor da Defesa Civil, Altair Vieira Rosina

 

No piso superior funcionam a biblioteca da escola, dois banheiros, sete salas de aula, sala da direção geral e outros serviços internos. “No período da manhã, cerca de 250 alunos estudam nesse andar e esse número se repete no período da tarde e da noite. Ou seja, aproximadamente 700 alunos precisarão ser remanejados para outros locais, a fim de continuarem recebendo aulas”, observa Vieira.

FUNDEPAR

O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar) esclareceu em nota que o Instituto faz parte das unidades escolares incluídas no Reparo Rápido, um programa do Governo do Estado para agilizar reformas em escolas estaduais.
Sendo assim, os serviços para o Instituto já foram orçados e está em andamento o contrato para execução dos serviços. O valor total da obra é de R$ 142.865,36. A demora para o início das obras é justificada pela Fundepar pelo prédio ser tombado pelo patrimônio histórico e, por isso, precisou ser apreciado e aprovado pela Secretaria de Cultura.

DIREÇÃO DA ESCOLA

A diretora do Instituto de Educação, Elaine Bestana Gimenes, está há 17 anos à frente da administração da escola e pede obras de manutenção para o espaço desde 2013. A Defesa Civil esteve durante toda esta semana em visita na instituição de ensino para análise das condições de segurança, juntamente com a Secretaria Municipal de Saúde. “Está chovendo muito nas salas de aula, o que está dificultando muito para os alunos assistirem às aulas. Desde 2013 protocolamos o pedido de reforma do telhado do colégio. Durante todo este tempo, estamos fazendo serviços paliativos para não prejudicar a aprendizagem dos alunos. Com o recurso que recebemos não é suficiente”, relatou Elaine.

Segundo ela, o Núcleo Regional de Educação sempre esteve disposto a ajudar, mas agora depende da liberação da Fundepar para iniciar a obra. “O colégio foi fundado em 1927, é um prédio que está no coração não só de todos nós que trabalhamos aqui, mas de todos os parnanguaras e a nossa preocupação é que a cada ano que passa fica pior se não arrumar”, frisou Elaine.

Os alunos do horário noturno passam a ter aula no Colégio Estadual Helena Viana Sundin. Os estudantes do diurno serão realocados para a Unespar (Universidade Estadual do Paraná), que fica ao lado do Instituto.