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Educação

Estudantes do Cidália utilizam o tempo livre com atividades culturais

Programação inicia às 8h e envolve arte e educação na Ilha dos Valadares

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Os estudantes que estão participando do movimento de ocupação do Colégio Estadual Cidália Rebello Gomes, na Ilha dos Valadares, realizam diariamente uma série de atividades culturais. A programação é extensa envolvendo muitas tarefas que são cumpridas dentro de uma grade de programação.

Os 50 estudantes que estão ocupando o colégio seguem à risca os horários, através de uma organização em que cada um é responsável por um setor, dentro da ocupação. Eles acordam às 6h30, limpam o colégio e fazem o café, às 7h30, abrem os portões para os visitantes (para a pessoa entrar é preciso apresentar a identidade e assinar um caderno colocando o número do RG).

Às 8h, iniciam as atividades que são ministradas por voluntários. Nesta semana, a Associação Mandicuera exibiu um vídeo intitulado "Fandango – Dança Tradicional do Paraná", de Lia Marchi da Olaria Cultural. De acordo com o mestre de fandango Aorélio Domingues, o qual levou o documentário até o colégio, o  filme registra o tradicional baile do Fandango, declarado patrimônio cultural do Brasil. “Aborda o processo de repasse dos conhecimentos tradicionais e retrata grupos de fandangueiros de diferentes gerações na Ilha dos Valadares”, destacou. A apresentação foi seguida de bate-papo a respeito da cultura de resistência e apresentação dos instrumentos de fandango com audição musical. 

 

 

As atividades sobre fandango retornam dia 29 de outubro com oficinas e baile de fandango das 8h às 22h. Ainda nesta semana o artista Thiago Moreira estará no colégio para fazer um mosaico em uma das paredes do estabelecimento retratando a patrona Cidália Gomes, através da pintura.

Os estudantes também conseguiram trazer oficinas de malabares, confecções de bonecos, maquiagem crochê e hip-hop. Também foram realizados, nos últimos dias, quatro aulões preparatórios para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e vestibular. “Alguns alunos acham que estamos aprendendo mais com a ocupação, mas na verdade não é isso. Nós estamos ocupando nosso tempo livre com atividades culturais e educativas para fazer valer nosso tempo aqui dentro. Estamos lutando por nossos direitos e também pelos direitos dos nossos professores”, explicou o estudante Douglas Henrique Gomes.    

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