O espetáculo “Tecidos que contam”, do Parabolé Educação e Cultura de Curitiba, foi a grande atração da semana pedagógica dos professores da Rede Municipal de Ensino. A ideia do grupo é apresentar uma contação de histórias para cativar e despertar a curiosidade do público, que pode ser crianças, adolescentes ou adultos. Os profissionais da Educação Infantil e do Ensino Fundamental assistiram e interagiram com a atração ontem no Teatro Rachel Costa.
O ator Carlos Moreira contou que a construção do espetáculo é com base na narrativa, na arte milenar de contação de histórias. “Através disso, queremos trazer à reflexão um conceito de sociedade, educação, como as histórias. O “Tecidos que Contam” é pensado nas tramas do tear, dos fios, uma vez que tomamos o fio das emoções para contar as histórias. Parte da história do tecido, a importância disso na nossa sociedade, seja de agregar ou de separar, seja parte financeira ou educacional e a história que cada tecido tem com a nossa história”, explicou Moreira.
Essa é a primeira vez que o Parabolé traz a Paranaguá o “Tecidos que Contam”
A Parabolé Educação e Cultura existe há 10 anos no mercado, e o espetáculo “Tecidos que Contam” está há quatro anos passando por diversas cidades e atingindo públicos distintos. “É maravilhoso trabalhar com professores, porque é uma troca muito grande. É feito para crianças, adolescentes e adultos, a gente muda a linguagem, a espinha dorsal é a mesma, mas mudamos a linguagem que trabalhamos. Com as crianças estamos em um lugar muito lúdico e a reflexão vai para outro caminho. Com os professores, mantemos o lúdico, mas temos um poder de argumento muito maior”, relatou Moreira.
TROCA DE INFORMAÇÕES
Após a palestra em forma de espetáculo teatral, a mensagem pode ser replicada em sala de aula. “Com os professores fazemos uma conversa sobre as narrativas, a importância dos contos, da contação de histórias, da postura do professor diante delas, mostrando para eles a liberdade que eles têm para acessar esse universo e como é possível e os benefícios que eles têm em desenvolver isso em sala de aula para trazer as reflexões sem precisar ser uma atividade. Entra por um viés muito mais emocional e não só educativo”, disse o ator.
Profissionais puderam interagir por meio de música, gestos e contação de histórias
Durante a apresentação, os professores puderam participar, através do canto, dos gestos e na contação de histórias. “É uma troca constante de informação”, declarou Moreira.
TECIDOS QUE CONTAM
O Parabolé Educação e Cultura destaca que a apresentação se trata de uma capa de tecido com 25 metros, conduzida pelo ator em cena, reúne diversas histórias, que levam crianças e adultos a uma viagem fantástica para terras longínquas, culturas exóticas e regiões remotas. Entre fios, cores, texturas e pontos, é possível rir, emocionar-se e refletir. Cada pedaço de tecido sugere uma história e a capa estará sempre se expandindo, reunindo mais e mais contos.
O tecido tem uma presença extremamente forte na sociedade. A fibra tecida e vestida, sempre foi símbolo de poder, segurança, competição, cobiça, gosto, elegância e outras variáveis de maior ou menor envergadura.