No litoral do Paraná, do total de 60 escolas, 26 aderiram à mobilização no último dia 30 de agosto de forma parcial (somente alguns professores), 5 aderiram totalmente e 29 escolas não paralisaram suas atividades. A mobilização acontece todos os anos em alusão ao ocorrido no dia 30 de agosto de 1988, quando cavalos, cães e bombas de efeito moral foram utilizados pela Polícia Militar do Paraná para dispersar professores que faziam manifestação em Curitiba.
Na segunda-feira, 12, o Governo Estadual autorizou a reposição para que não atrapalhe o ano letivo. “Cada escola tem a liberdade de programar a reposição, respeitando o calendário letivo”, afirmou a secretária Estadual de Educação, Ana Seres.
No litoral, as datas ainda não estão definidas pelas escolas que aderiram à mobilização. Segundo a chefe do Núcleo de Educação de Paranaguá, Selma Camargo Meira, uma reunião será realizada na sexta-feira com os diretores das escolas. “Quando acontece isso, nós fechamos as datas por cidade. Sendo assim, em Guaratuba, por exemplo, deixaremos todas as escolas reporem no mesmo dia e assim por diante”, explicou.
A reposição das aulas é organizada desta forma para que não haja prejuízos aos professores. “É mais fácil para o professor, pois muitas vezes o mesmo professor trabalha em mais de uma escola. Depois de discutirmos as datas, os diretores vão para as escolas fazer uma reunião com o conselho escolar e eles mandam para o Núcleo para alteração do calendário via ofício”, disse. Cada escola que aderiu à mobilização irá escolher a data para repor as aulas. As que não aderiram seguirão com o calendário de aulas inalterado.
MOBILIZAÇÃO
De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), a paralisação das atividades nas escolas simboliza um dia de luto e luta. “Em memória ao trágico momento que marcou a categoria no dia 30 de agosto de 1988, todos os anos, professores e funcionários da rede pública estadual, paralisam as aulas para realizar um dia de luto e luta. Dia em que educadores, estudantes e comunidade escolar saem em marcha, em Curitiba e em todas as regiões do Estado, para exigir mais valorização profissional e respeito aos direitos já garantidos”, divulgou a confederação.