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Educação

Enem pode ser adiado devido às ocupações nas escolas

APP Litoral está tranquila quanto à prova, pois a realização em outra data foi garantida pelo MEC

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O Ministério da Educação anunciou na quarta-feira, 19, que se até o dia 31 de outubro não houver desocupação de escolas onde o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será realizado, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela aplicação do exame, terá de suspender as provas nesses locais e marcar nova data. “Respeitamos o direito ao protesto, é base de um estado democrático de direito, mas o direito de estudar, de acessar uma prova que é inclusiva como o Enem, deve ser preservado a todos os brasileiros que queiram se submeter ao exame”, afirmou o ministro da Educação, Mendonça Filho, garantindo que os alunos não serão prejudicados.

O MEC informou que solicitou à Advocacia Geral da União (AGU) que adote providências jurídicas cabíveis com relação à responsabilização dessas ocupações, já que o Estado brasileiro terá que cobrir os custos relativos à realização de uma nova prova para um número específico de estudantes. O ministro explicou que o levantamento realizado no dia 19, apontou 181 unidades de aplicação das provas ocupadas. Com esse balanço, dos 8.627.248 inscritos confirmados, 95.083 estudantes não poderiam realizar as provas do Enem, o que geraria um custo de, aproximadamente, R$ 8 milhões para aplicar um segundo exame.

A consulta aos locais de aplicação de prova do Enem 2016 já está disponível. A verificação dos cartões de confirmação com essas informações é de responsabilidade dos inscritos e pode ser realizada na Internet, através da página do participante, ou também em tablets e smartphones, por meio do aplicativo Enem 2016.

 

APP LITORAL

O secretário de comunicação da APP Litoral, Hermes Goldenstein Junior, disse em nota à imprensa que a APP Litoral está tranquila com relação à prova do Enem uma vez que se garante a realização em outra data. “Mesmo compartilhando da ideia da utilização de escolas municipais como saída mais coerente. Também convém lembrar que a atual postura dos governos Federal e Estadual deixa dúvidas se as universidades conseguem sobreviver até 2017”, salientou o professor.

 

OCUPA PARANÁ

Em nota, o movimento Ocupa Paraná esclareceu, entre outras questões, sobre o adiamento da prova. “O MEC informou que a prova será adiada e não cancelada em 145 escolas do Paraná. Nós do movimento Ocupa Paraná deixamos claro que já nos aproximamos de 800 escolas ocupadas e que não temos intenção alguma de prejudicar ninguém no Enem, sabemos que os estudantes das 145 escolas não hesitariam em suspender temporariamente as ocupações para que a prova acontecesse. E com certeza essas escolas voltariam a ser ocupadas depois do Exame da mesma forma que tem acontecido com as escolas desocupadas por reintegrações de posse. Isso claramente é mais uma tentativa do governador de derrubar nossas mobilizações com o respaldo de Mendonça e Temer que se recusam a dialogar quanto à MP 746 e à PEC 241.”, declarou.

 

 

O estudante do 3.º ano do Ensino Médio, Lucas Grigoletti, disse que os estudantes querem o diálogo sobre o assunto. “Os estudantes já ocuparam aproximadamente 800 escolas no Paraná, destas, cerca de 140 são locais de prova do Enem. O MEC encaminhou a carta sobre o adiamento das provas, mas muitas informações ficaram vagas, não temos todos os detalhes. Estamos aguardando um informativo definitivo do Ministério da Educação para saber como ficará a situação”, observou. “O mais fácil seria não votar a Reforma do Ensino Médio. Isso resolveria o problema”, opinou.

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