Turismo

Setor do turismo de Paranaguá já sente impacto da temporada de navios de cruzeiros

Cerca de 40 mil passageiros devem passar pela cidade até 8 de março de 2024

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Nesta sexta-feira, 1.º de dezembro, Paranaguá entrará em uma nova fase no turismo, como apontam autoridades ligadas ao setor. A estimativa diz respeito ao início da temporada de cruzeiros da MSC, com embarques e desembarques confirmados na cidade até o dia 8 de março, uma vez por semana. Com isso, espera-se uma grande movimentação de visitantes na cidade, resultando em um impacto considerável na economia, potencializando a atuação de alguns setores.

De acordo com a MSC, cerca de 40 mil passageiros devem passar pela cidade ao longo da próxima temporada. A diretora do Hotel Porty Brasil, Ane Hermann Pereira, afirmou que há cerca de um mês as reservas já começaram a ser realizadas. “Muitas pessoas que vão fazer o cruzeiro já fizeram reservas. Acredito que esse período será muito produtivo para nós”, disse Ane.

Segundo a empresária, ainda não foi preciso contratar mais funcionários para atender essa demanda. Como o turismo de negócios ocorre durante a semana na cidade, o atendimento aos turistas de cruzeiros contribui com a movimentação aos fins de semana.

“A cidade já tem uma demanda boa durante a semana, o bom é que agora aos fins de semana também haverá fluxo. Mais para a frente poderemos ter isso mais claro sobre o quanto realmente impactará no nosso setor”, afirmou Ane.

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Paranaguá já recebeu outros navios de passageiros, mas de forma inédita será local de embarque e desembarque em toda a temporada
Foto: Arquivo/Prefeitura de Paranaguá

Já o Camboa Hotel percebeu aumento das reservas para tripulantes dos navios, pessoas que trabalham a bordo que, por serem muitas, também contribuem com a movimentação da economia local. O MSC Lirica, navio que fará a temporada no litoral do Paraná, tem cerca de 700 tripulantes e 2,6 mil passageiros.

“Até o momento ainda não sentimos um reflexo significativo quando falamos de turistas. Existe uma procura por valores mas ainda não concretizamos. A diferença para nós é em relação a tripulação, já temos algumas empresas com reservas confirmadas para o período. Também sentimos um aumento quando se trata das empresas portuárias de forma geral. A procura e concretização de reservas por parte das empresas portuárias locais vem nos impulsionando de forma positiva, nos dando uma melhor perspectiva futura”, informou Simone Silva, coordenadora de Eventos e A&B do Camboa.

Impacto positivo no Brasil

A última temporada de Cruzeiros (2022/2023) injetou R$ 5,1 bilhões na economia brasileira. Foram 803 mil passageiros embarcados, gerando 79.567 postos de trabalho diretos e indiretos. Os dados fazem parte do Estudo de Perfil e Impactos Econômicos de Cruzeiros Marítimos no Brasil – Temporada 2022/2023, lançado em agosto deste ano.

“O levantamento também aponta que cada a 1 real investido no setor movimentou R$ 4,05 na economia nacional. O gasto médio por pessoa com a compra da viagem de cruzeiro foi de R$ 5.073,51 e o tempo médio da viagem foi de 4,9 dias. A média de impacto econômico por cruzeirista gerada nas cidades de escala foi de R$ 639,37 e de R$ 813,56, nas cidades de embarque e desembarque”, divulgou o Ministério do Turismo.

Segundo a pesquisa, os setores mais beneficiados com os gastos dos cruzeiristas e tripulantes foram: alimentos e bebidas (R$ 631,4 milhões), comércio varejista – despesa com compras e presentes – (R$ 618,4 milhões), seguido por transporte durante a viagem (R$ 508,9 milhões), transporte antes e/ou após a viagem (R$ 325,3 milhões), passeios turísticos (R$ 260 milhões), e hospedagem antes ou após a viagem de cruzeiro (R$ 93,8 milhões).

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Gabriela Perecin

Jornalista graduada pela Fema (Fundação Educacional do Município de Assis/SP), desde 2010. Possui especialização em Comunicação Organizacional pela PUC-PR. Atuou com Assessoria de Comunicação no terceiro setor e em jornal impresso e on-line. Interessada em desenvolver reportagens nas áreas de educação, saúde, meio ambiente, inclusão, turismo e outros. Tem como foco o jornalismo humanizado.