Diante de todo o impacto provocado pela pandemia do Coronavírus, o setor do turismo está entre os primeiros que sentiram a crise bater à porta e figura no rol dos mais prejudicados. Para deixar tudo pronto e favorecer o reaquecimento desse mercado tão logo seja possível, o Governo do Estado e entidades do setor articularam, assim que surgiram os primeiros reflexos do Coronavírus, o Projeto de Retomada do Turismo no Paraná, o qual caminha a todo vapor.
A principal meta é a possibilitar a recuperação a partir do turismo regional, com viagens de até 200 quilômetros dentro do próprio Estado.
Após a conclusão da Fase 1 do projeto, a 2 foi iniciada imediatamente e a fase 3 já está em andamento. “Durante o isolamento social e o fechamento do comércio, trabalhamos incansavelmente para proporcionar uma retomada do turismo em todas as regiões do Estado. Queremos garantir que os destinos turísticos do Paraná entrem na rota dos paranaenses, dos brasileiros e dos estrangeiros, como foi determinado pelo governador”, afirmou o secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes.
De acordo com o diretor de Marketing da Paraná Turismo, Aldo Carvalho, após a seleção dos destinos emissores, foi definido que o turismo de curta distância seria a prioridade, inspirando-se em experiências internacionais. “Começamos um trabalho de construção das fases dos projetos e a primeira coisa que fizemos foi um levantamento de informações, e definimos os mercados emissores e os destinos finais dentro do próprio Estado. Ou seja, um turismo do Paraná para o paranaense”, destacou.
A necessidade de refletir sobre um plano de retomada era iminente, uma vez que o setor no Estado vinha em franca ascensão. Até outubro de 2019, o Paraná era o segundo com o maior crescimento turístico do Brasil (5,4%) superando, inclusive, a média nacional (1,5%). Também houve um aumento de 23% de empresas que aderiram ao Cadastur, cadastro de prestadores de serviços turísticos, o que representa 1.183 novas empresas registradas em 2019. Além disso, o Paraná marcou presença em pelo menos 30 eventos do setor.
Para Giovanni Bagatini, gerente de Turismo do Serviço Social do Comércio (Sesc/PR) e representante da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio-PR), o empreendedorismo no turismo é uma atividade arriscada e necessária para o crescimento e até mesmo para a sobrevivência da economia no País.
“O empresariado do turismo tem passado por grandes dificuldades durante a pandemia, sendo o setor mais impactado. Por isso, penso que é a hora de união e resiliência. Eu particularmente sou otimista e devemos buscar suportar os impactos gerados pelo caos para que possamos voltar, e voltar mais fortes”, definiu.
Não Cancele, Remarque!
Como parte do projeto de retomada foi lançada a campanha Não cancele, remarque!, que tem como objetivo principal evitar a falência de empresas e o desemprego.
O intuito é que os turistas que já haviam comprado pacotes, passagens aéreas e outros produtos turísticos que estavam datados para um período coincidente com a pandemia sejam conscientizados a não cancelar as reservas feitas, e sim que as remarquem. Isso faz com que as empresas turísticas não tenham que devolver o valor que o turista pagou, desonerando o capital de giro, que ficou prejudicado pela falta de movimentação do mercado durante a pandemia.
Fonte: AEN