Um dia de caminhada em uma cidade que nasceu há 368 anos pode render aos seus visitantes diversas descobertas. Uma delas é se deparar com ruas onde o pavimento de paralelepípedo é ladeado de casarões com fachadas antigas, que logo remete o lugar percorrido a uma amostra daquilo que foram as antigas cidades dos períodos coloniais do Brasil. Mesmo sem a existência de placas que contem um pouco a história dos casarões coloniais, é fácil perceber que o clima nostálgico dos tempos passados ainda se faz presente em tempos atuais.
Assim, em meio às ruas do Centro Histórico, algumas pequenas praças, que podem passar despercebidas do grande público em dias mais agitados, no feriado podem servir para o descanso e para a apreciação de monumentos que contam a história de Paranaguá. Um destes lugares é a Praça Jornalista Leocádio Corrêa, localizada na Rua XV de Novembro, o coração do Centro Histórico de Paranaguá.
A poucos metro dali, na mesma rua, o turista pode se deslocar tanto para o Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE), atualmente administrado pela Universidade Federal do Paraná, e que permanecerá aberto no dia 15 até às 20h, como descer em uma das ladeiras e apreciar as belezas naturais do Rio Itiberê, contemplando a visão para a Ilha dos Valadares, local que hoje é povoado por mais de 30 mil pessoas.
Se a intenção for andar pelas ruas e becos da Ilha, o trajeto pode ser dar pela passarela ou, se o turista preferir, fazer um passeio ainda mais rústico e nostálgico indo de canoa (usada por insulanos de mais idade que fazem compras em supermercados na cidade e optam pelo transporte para atravessar com as sacolas). O uso das canoas, antes da construção da passarela, em 1991, era a única forma de fazer o trajeto para a Ilha dos Valadares.
Na Rua da Praia, que margeia o Rio Itiberê, o vislumbre também pode se dar ao revitalizado Palácio Mathias Böhn, que ao ser reformado com suas características originais dá o exemplo claro da qualidade e do bom gosto das obras feitas no final do século 19. Outra parada obrigatória, para quem anda pela Rua da Praia, é a escadaria da Presciliano Corrêa, onde a vista para a Igreja de São Francisco das Chagas é ainda mais contempladora pela existência do mural com as esculturas do renomado artista Emir Roth.
LAZER E DESCONTRAÇÃO
Depois da caminhada pelas ruas do Centro Histórico e comercial de Paranaguá, o turista pode optar por passeios que terão a natureza como a maior das atrações. Em um primeiro momento, a ida ao Aquário Marinho, inaugurado em 2014, faz com que o visitante de Paranaguá conheça a diversidade de peixes e outras espécies existentes na baía da região. O local, que fica aberto até às 17h, tem preços de R$ 16 para adultos e de R$ 10 para crianças e idosos. O valor cai pela metade para quem é estudantes, morador no litoral ou doador de sangue.
Deixando o Aquário, o turista tem a chance de ir a um dos trapiches existentes nas imediações da Rua da Praia e embarcar para um passeio pela baía, que pode render imagens de botos nadando nas proximidades do Porto de Paranaguá. Por falar em porto, a visão dos grandes navios atracando nos berços portuários é, em muitos casos, algo que chama a atenção de quem não está acostumado com este tipo de imagem em seu dia a dia. Os valores variam de R$ 25 por pessoas ou a combinar em caso de grupos maiores. O passeio, em média, dura 1h30.
Na volta do passeio, se a fome bater, os restaurantes de Paranaguá oferecem comida típica litorânea, com muitos frutos do mar, quesito capaz de fazer com que o turista entenda o porquê de a vida no litoral ser tão bela, tranquila e saborosa. O local da gastronomia pode ser o Mercado Municipal Nilton Abel de Lima, que tem vista para a Praça Mário Roque, para a movimentada passarela da Ilha dos Valadares e para o Rio Itiberê. O local estará aberto até a meia-noite.