Na quarta-feira, 26, o Comitê Estadual de Situações em Emergência em Saúde Pública definiu que haverá a abertura da Ilha do Mel no dia 20 de setembro. O Governo do Estado estabeleceu medidas de segurança que devem ser adotadas pelos estabelecimentos comerciais ligados ao turismo. Ainda não foi divulgado nada relacionado à liberação das atividades em Paranaguá (continente).
O turismo gera emprego e renda para residentes na Ilha do Mel, em Paranaguá e litoral do Paraná, com serviços de alimentação, hospedagem, passeios, pesca, entre outros atrativos da ilha conhecida pelas belezas naturais.
As regras para voltar a receber turistas na Ilha do Mel envolvem um protocolo elaborado pela 1.ª Regional de Saúde em conjunto com as secretarias municipais. Questões como coleta de resíduos, normas de higienização, distanciamento social, a utilização de um sistema com cadastro dos visitantes e serviços, barreiras sanitárias em Paranaguá e na ilha, entre outras medidas de prevenção contra a Covid-19 foram acrescentadas.
Até o anúncio de retomada das atividades turísticas, a Ilha do Mel não tinha registrado nenhum caso da infecção pelo novo Coronavírus entre seus moradores. A partir de 20 de setembro, estarão abertas ao turismo as comunidades de Encantadas, Fortaleza e Nova Brasília.
A Ponta Oeste, que conta com uma comunidade nativa de pescadores, continuará fechada para a visitação.
Já se preparando para atender a todas as normas e medidas apresentadas no protocolo de prevenção, a rede hoteleira, agências de viagens e outros serviços do ramo turístico iniciaram suas programações de pacotes para a Ilha do Mel visando o futuro e a possibilidade do retorno do turismo na localidade.
Associação dos Comerciantes
A Associação dos Comerciantes da Ilha do Mel (Acoim), por meio do presidente Carlos Gnata, emitiu um pedido de reabertura do turismo na região antes do anúncio de retomada pelo Comitê Estadual. A categoria pedia a reabertura no dia 1.º de setembro, em virtude do feriado de 7 de setembro, quando a Ilha poderia receber muitos visitantes.
“Estávamos preparados para aguentar dois ou três meses, mas agora, passando de cinco meses tudo está muito mais difícil. Os recursos para muitos estão acabando ou já acabaram. Não recebemos auxílio do Governo Federal, Estadual ou Municipal, nenhum tipo de doação, até porque não queremos. O que realmente queremos é ter a dignidade de trabalhar, ajudar a região e o País a sair dessa pandemia”, diz o pedido da Acoim.
A associação considerou também que locais turísticos semelhantes à Ilha do Mel, como Morro de São Paulo (BA), Ilha Bela (SP) e Jericoacoara (CE), abriram parcial ou totalmente e não precisaram voltar atrás na decisão.
“Isso significa que o turismo não impactou e muito menos acelerou a contaminação pela Covid-19”, ressalta a Acoim.
Os comerciantes ainda garantiram que seguirão as normas da Vigilância Sanitária. “Seguimos também as normas para hotéis, pousadas e similares no combate ao Coronavírus. Todos fizeram a adesão ao Protocolo do Ministério do Turismo – Selo Turismo Responsável, leve e seguro – e seguiremos todas as restrições definidas e os protocolos apresentados”, destaca a Associação.
A Acoim pede para que as prefeituras de Paranaguá e Pontal do Paraná, municípios de acesso à Ilha do Mel, instalem barreiras sanitárias e melhorem o controle das visitas e realizem uma campanha de conscientização sobre a Covid-19 voltada aos moradores.
Uma pesquisa da Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo) revelou que as empresas que vendem viagens registraram queda de 75% a 90% do faturamento durante o mês de maio, no comparativo com o mesmo período no ano passado.
Fotos: AEN