Turismo

Escola do Mar pode colaborar com a recuperação do turismo na região

Estrutura está em construção na Ilha das Cobras

Um dos setores mais afetados com a pandemia foi o turismo. Com a necessidade de isolamento social, muitas viagens foram canceladas e destinos foram fechados para visitação. Com a vacinação em andamento, a expectativa é que o setor possa se reestruturar e voltar a receber turistas. No litoral do Paraná, o início das obras para construção da Escola do Mar, na Ilha das Cobras, gera expectativa para o setor, com potencial de alavancar o turismo da região, em especial, em Paranaguá.

A diretora de Promoções Turísticas na Secretaria de Cultura e Turismo de Paranaguá, Aline Pschera, comentou o que a escola representa para o município. “Será um excelente equipamento de capacitação da população litorânea para o turismo nos setores de gastronomia e hotelaria e para a educação ambiental. Na atividade turística é imprescindível o investimento em qualificação profissional de setores específicos, especialmente quando alia o conhecimento teórico ao prático, ampliando as habilidades dos alunos”, disse Aline.

Ela destacou que a estrutura está localizada em uma unidade de conservação, o que trará mais visibilidade para o município de Paranaguá enquanto atrativo turístico.

“Será também um importante instrumento de pesquisas ambientais, podendo fomentar tanto o ecoturismo como o turismo científico”, abordou Aline.

Com possibilidade de visitação pública, a Ilha das Cobras será um importante atrativo turístico. “A melhoria de estrutura e qualificação de destinos turísticos é um dos eixos de atuação apresentados pelo Ministério do Turismo para a retomada do setor. Estima-se que, quando finalizada, a Escola do Mar capacitará profissionais na gastronomia regional, divulgando assim os sabores da cozinha das nossas comunidades, especialmente dos pratos à base de frutos do mar”, afirmou Aline.

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Ilha das Cobras pode se desenvolver como um destino de ecoturismo e turismo científico (Foto: José Fernando Ogura/AEN)

Uma das maiores conquistas será a ampliação da mão de obra qualificada para atuação nas empresas do setor turístico, principalmente nesse momento em que as exigências sanitárias ganharam ainda mais notoriedade. “As pessoas estão mais exigentes quanto aos protocolos sanitários e de biossegurança”, acrescentou a diretora de promoções turísticas.

Áreas em potencial

A imunização coletiva da população e a consequente retomada das atividades turísticas, planejar o turismo como fonte de renda e gerador de empregos será fundamental para alavancar a economia local. Assim como a Ilha das Cobras, Paranaguá tem comunidades pesqueiras com potencial para o turismo.

“Além de estarem localizadas ao redor de belezas naturais, tem sua cultura e modo de vida para partilhar com os turistas. Além das comunidades tradicionais situadas na Ilha do Mel, podemos citar Amparo, Piaçaguera, São Miguel, Ilha dos Valadares, Ponta do Ubá e Eufrasina, que oferecem aos turistas atividades de imersão na cultura comunitária e experiências inesquecíveis como refeições caiçaras, trilhas na Mata Atlântica, pescarias e oficinas de artesanato e patrimônio”, destacou Aline.

No entanto, o objetivo não é transformar esses locais em destinos de turismo de massa. “A atividade turística e seu desenvolvimento somente serão sustentáveis se houver simultaneamente a preservação dos recursos e da identidade local, que é possível com o planejamento e a organização das visitações nesses locais. Mas é importante frisar que precisamos evitar o turismo de massa nessas comunidades”, disse Aline.

Detalhes da obra

A obra que vai transformar a antiga residência oficial de veraneio do governador do Estado em escola de gastronomia, turismo e educação ambiental começou no mês de junho deste ano. O investimento do Governo, feito pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e Turismo no projeto é de R$ 2,2 milhões – R$ 1,8 milhão na reforma estrutural das cinco edificações existentes no local e mais R$ 400 mil na elaboração do plano de manejo do parque. O prazo de conclusão é de 360 dias.

De acordo com informações divulgadas pelo Governo do Estado do Paraná, a intenção é oferecer capacitações voltadas para a gastronomia regional, turismo e hotelaria, o Governo do Estado planeja oferecer outros cursos no local, como de aquicultura (produção de ostras, mariscos e camarão) e de educação ambiental.

O local também tem potencial para se transformar em um centro de apoio ao artesanato caiçara regional. Há possibilidade, ainda, de abrigar um restaurante-escola aberto para a visitação de turistas, e locais para conferências e apresentações.

Com informações da AEN

Foto de capa: José Fernando Ogura/AEN

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