Um acidente ocorrido na segunda-feira, 4, na rotatória do Parque São João, tirou a vida da gestante Gisele Adriane Fernandes, de 18 anos, moradora no bairro Santos Dumont, que estava grávida de sete meses.
O caso chocou a sociedade local e aconteceu em uma das principais vias do município, a Avenida Bento Munhoz da Rocha Neto. A bicicleta, na qual estava Gisele na garupa e o seu sobrinho como condutor, colidiu com um caminhão que estava transitando na rotatória, veículo que tem regras rígidas de circulação no trecho.
A vítima foi atendida por 40 minutos por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Corpo de Bombeiros do Paraná e Polícia Militar do Paraná (PMPR), mas não resistiu aos graves ferimentos e veio a óbito junto com o bebê. Familiares e pessoas que estavam no local entraram em desespero com a morte da gestante.
O caminhão vinha da Avenida Ayrton Senna em direção a rotatória do Parque São João, com o intuito de atravessar a Avenida Bento Munhoz da Rocha Neto, quando colidiu com as duas vítimas de bicicleta. O veículo pesado parou quando percebeu o acidente, mas já era tarde demais. O condutor foi, inclusive, levado pela Polícia Militar para prestar esclarecimentos à Polícia Civil.
Placa indicativa da proibição de tráfego de caminhões acima de 12 toneladas
ROTATÓRIA TEM TRÁFEGO PROIBIDO DE CAMINHÕES ACIMA DE 12 TONELADAS
Segundo a Secretaria Municipal de Segurança (Semseg), a lei municipal 3039/2009 estabelece o horário das 19h às 9h para o fluxo de caminhões descarregados em regiões residenciais como a da rotatória do Parque São João, algo que deve ser autorizado a cada condutor pela Superintendência Municipal de Trânsito (Sumtran). Estes veículos devem ser estacionados em pátios e locais próprios, não podendo ficar no meio das vias municipais. De acordo com placas de trânsito presentes na rotatória do Parque São João, é permitida a circulação apenas de caminhões que tenham peso abaixo das 12 toneladas, algo estabelecido por lei.
O estacionamento nos arredores do local e em outras partes de domínio do município é algo proibido, de acordo com a Semseg, sendo que neste ano a “Operação Bairros” chegou a notificar em um só dia 27 condutores por estas situações em Paranaguá. Duas equipes atuam neste tipo de fiscalização em toda a cidade, registrando as irregularidades com imagens e, em um primeiro momento, orientando e notificando caminhoneiros para que não circulem ou estacionem em locais proibidos.
MOTORISTAS, CICLISTAS E PEDESTRES DEVEM TER ATENÇÃO TOTAL
Segundo a Sumtran, ciclistas, condutores de veículos e pedestres, devem estar atentos continuamente às leis de trânsito e sinalização, com foco na coexistência pacífica e em prol da vida humana. Ações de conscientização e de fiscalização de tráfego de caminhões e de ciclistas em área do município são realizadas periodicamente pela Sumtran. De acordo com o órgão, são executadas, em média, de quatro a oito ações de conscientização por mês em Paranaguá. Caso um caminhão trafegue em local proibido ou o cidadão perceba qualquer irregularidade de trânsito, denúncias podem ser feitas pelo telefone 153 ou 190.
“As punições são desde a notificação que, possivelmente, se transformará em multa, como apreensão das autorizações especiais de trânsito e do caminhão”, finaliza o superintendente Municipal de Trânsito, Leônidas Martins Júnior.
Com informações da Prefeitura de Paranaguá