A população parnanguara que precisa transitar pela Avenida Roque Vernalha vem há muitos anos reclamando das condições de tráfego, em decorrência das manobras dos trens realizadas pela empresa RUMO, principalmente nos horários de pico. Segundo os entrevistados, de vinte minutos a meia hora é o tempo estimado que as pessoas ficam paradas esperando a RUMO desimpedir o trânsito. Os moradores foram unânimes em reclamar da situação e pedem uma solução aos órgãos competentes.
MORADORES ENFRENTAM TRANSTORNOS
Adriana Melo, moradora na Vila Paranaguá, enfatiza que as manobras atrapalham principalmente nos horários de pico. “Nos horários em que precisamos levar os filhos na escola ou que se vai para o trabalho nos deparamos com a manobra. É pela manhã entre os horários das 7 às 8h, das 13h às 13h30 e das 17 às 19h, sempre tem muita manobra. Muitas soluções já foram apresentadas, como viaduto, mas não pode devido à urbanização, rebaixamento de trilho, e isso escuto desde que me conheço por gente. A cidade cresceu e algo precisa ser feito”, destaca Adriana. Marcos Antonio Surian, comerciante há 12 anos na localidade, destaca que o transtorno é diário.
“Eles não respeitam e são três linhas viárias, às vezes acontece de um trem não ter terminado de passar já vem outro, e eles fazem o que querem. Chega na hora da política, aparece um monte de candidato dizendo que vai rebaixar linha, fazer viaduto, e é tudo mentira. E pela quantidade de população que temos na cidade, se exige uma cancela, o rebaixamento, isso sem falar que a composição passa com 80 a 90 vagões, sendo um desrespeito à população. A RUMO deveria andar junto com a cidade, junto com a população parnanguara, mas isso não acontece. Sem falar que aqui acontecem acidentes toda hora. Será que vão esperar acontecer algo com alguém importante para que seja feito algo?”, indaga Surian.
ANTT
A Folha do Litoral News entrou em contato com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), responsável pela fiscalização do modal ferroviário em todo o Brasil, para saber quais providências serão tomadas quanto à situação de Paranaguá com a empresa RUMO. A ANTT se posicionará sobre o caso nos próximos dias.
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CONFIRA AS OPINIÕES SOBRE AS MANOBRAS DA RUMO
“Estas manobras atrapalham e muito as pessoas que precisam passar por este local. Aqui parece que é a concessionária que manda, pois faz o que quer. No horário de pico, a composição demora de 15 a 20 minutos passando com aproximadamente 100 vagões, e quando não fica aquele vai para lá, vem para cá, bem nos horários em que as pessoas estão indo para o serviço ou para a escola”,
Antonio de Borba, morador na Vila Marinho.
“Estas manobras nos horários em que vamos para o trabalho acabam causando um transtorno aos trabalhadores. A solução é que as autoridades determinassem que em horários de pico, ida e volta dos trabalho e escola, as manobras não fossem realizadas, um exemplo no período da tarde intercalar as passagens das 14h30 às 16h30”,
Lídia Chaves da Silva, moradora na Vila Cruzeiro.
“Até hoje, com o progresso não sei como ainda não resolveram este problema. A solução paliativa é diminuir os números de vagões, para passar mais rápido e mudar os horários. Às vezes, neste vai e volta acaba-se perdendo perto de meia hora, e isso hoje em dia é dinheiro desperdiçado, pois as pessoas chegam atrasadas em seus compromissos, imagina isso no dia de chuva”,
Osvaldo Pinheiro Clemente, morador na Vila Primavera.
“Para ir ao meu trabalho, tenho que passar todos os dias por aqui na Roque Vernalha, e na maioria das vezes sempre é a mesma coisa, me deparo com o trem passando ou manobrando. Isso atrasa bem a gente, pois sempre se perde uns 20 minutos, mas é sempre em horários em que a gente está indo para o trabalho”,
Ana Paula da Silva Pereira, moradora no Porto dos Padres.
“Já cheguei atrasada na escola devido a chegar aqui na passagem de nível e o trem estar manobrando, ou simplesmente passando a composição que normalmente é longa, o que leva bem mais de 15 minutos. Com isso só posso entrar na segunda aula, e acaba me prejudicando nos estudos”,
Leticia Tavares de Araújo, moradora no Palmital.