Paranaguá registrou, no primeiro trimestre, 7 acidentes graves com ciclistas e 6 com pedestres
O Ministério da Saúde divulgou neste mês que o número de mortes de pedestres e ciclistas no trânsito diminuiu de forma significativa no Paraná. Entre 2007 e 2016, de acordo com os dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), o Estado reduziu em 37% o número de pedestres e 27% o de ciclistas que morreram no trânsito. O índice de acidentes envolvendo pedestres caiu de 762 para 478 e o de ciclistas de 175 para 127.
SITUAÇÃO EM PARANAGUÁ
A Superintendência Municipal de Trânsito de Paranaguá informou que há, por enquanto, o levantamento apenas dos três primeiros meses do ano com relação aos acidentes envolvendo ciclistas e pedestres. Os dados são do Bateu (Boletim de Acidente de Trânsito Eletrônico Unificado) e do Sistema de Registro e Estatística de Ocorrências da própria prefeitura.
Em janeiro, foram registrados no município cinco acidentes graves, envolvendo bicicleta, sem risco à vida, e nenhum acidente com pedestre. Já em fevereiro, houve dois atropelamentos graves a pedestres sem risco à vida e um acidente grave sem risco com ciclista. Já em março, foram quatro atropelamentos graves com pedestres e um acidente grave com ciclista.
A superintendência não pôde informar quantos óbitos aconteceram neste período. No entanto, a Folha do Litoral News registrou algumas ocorrências ao longo deste ano. Dois acidentes fatais com ciclistas aconteceram nas proximidades do viaduto da Rua Professor Cleto em janeiro de 2018, um no dia 8 outro logo em seguida, no dia 11. As mortes foram ocasionadas por colisão com caminhões que trafegavam pela região.
A mudança no comportamento dos pedestres faz a diferença como atravessar na faixa de pedestre com segurança ou na travessia elevada, respeitar a sinalização do semáforo e evitar caminhar com fones de ouvidos ou falando ao celular
Recentemente, integrantes da superintendência de trânsito participaram de um evento sobre mobilidade urbana. Momento em que puderam integrar diversas palestras de profissionais técnicos com os quais foi possível discutir soluções inteligentes na área. Uma das inovações que a equipe pretende aplicar em Paranaguá é na área de Educação para o Trânsito, o que pode colaborar com a segurança de pedestres e ciclistas no município.
REDUÇÃO DOS ÓBITOS
O Ministério da Saúde atribui a queda nas mortes especialmente a ações de fiscalização dos órgãos de controle, o fortalecimento da legislação, a engenharia de trânsito e a mudança nos hábitos dos brasileiros. A mudança no comportamento dos pedestres faz a diferença como atravessar na faixa de pedestre com segurança ou na travessia elevada, respeitar a sinalização do semáforo e evitar caminhar com fones de ouvidos ou falando ao celular.
A diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde do Ministério da Saúde, Maria de Fátima Marinho, avalia que a diminuição no número de mortes no trânsito mostra que o brasileiro tem mudado, aos poucos, as atitudes, prezando cada vez mais pela segurança.
“Houve um aprimoramento na Legislação, aumento na fiscalização e alguns programas estratégicos, como o Vida no Trânsito. No entanto, o número de óbitos e internações ainda preocupa, especialmente os de motociclistas. Precisamos avançar na mobilidade segura para reduzir esses números”, enfatizou Maria de Fátima Marinho.