Trabalhar fazendo o que gosta é o sonho de muitas pessoas, mas conciliar vocação com a atividade que pretende exercer pode revelar ser um desafio dentro de muitas profissões, e não é diferente para quem resolve trabalhar no preparo de alimentos.
Este é o caso da jovem empreendedora Glacielly Cascão Maronitti, que com seu trabalho de cozinheira, conseguiu montar seu negócio e exercer a profissão que ama, cozinhar. “Comecei a gostar de cozinhar através de um grupo de amigos. Fazíamos churrasco e eu sempre cozinhando, e eles incentivavam para que fizesse algo para vender. Isso me deu a força de que precisava para investir na profissão. Primeiro fui trabalhar fora, trabalhei em restaurante, mas acabei decidindo que realmente deveria trabalhar por conta na profissão. Montei a minha cozinha e comecei a trabalhar no fornecimento de marmitas prontas”, destaca Glacielly.
Ela conta que iniciou sozinha, mas sempre com a vontade de evoluir cada vez mais no ramo. “Comecei como muitos, com a força de vontade e a garra que a profissão exige, pois acredito que, além da vontade e do querer fazer, cozinhar é um dom. Hoje, conto com duas funcionárias”, destaca, enfatizando que a pandemia trouxe muitas dificuldades. “Trabalhar hoje em dia está bem complicado. O preço das mercadorias está muito alto, e não dá para estar repassando este aumento dos produtos ao consumidor, daí ninguém vai comprar. Posso dizer que hoje, neste momento da pandemia, estamos conseguindo nos manter, repor as mercadorias e pagar os funcionários. Tudo está muito caro, e isto está sendo a principal dificuldade atualmente”, comenta.
Glacielly é casada, tem uma filha de 8 anos, a Monique, e diz que seu dia a dia é corrido. “Inicio os trabalhos às 7h e só paro às 14h, quando fechamos o período do almoço. Daí damos início à limpeza, e só depois vou almoçar. Na sequência, já vejo o que falta, vou ao mercado e já volto para iniciar todo o processo novamente, ou seja, é sempre muito corrido, mas prazeroso quando a gente vê o resultado.
Apesar do momento difícil que passou, com a Covid-19, quando teve até que parar de trabalhar por um período, Glacielly jamais desanimou ou desistiu deste seu sonho. “Meu trabalho é com amor e muita dedicação, é o que sempre falo para as minhas funcionárias, tem que ter amor no que se faz, não vai pegar um produto bom e de qualidade e jogar de qualquer jeito na panela, não vai mexer de qualquer jeito, tem que tratar bem o alimento, tem que saber e tem que gostar do que faz, então digo que é muito amor, é muito amor mesmo envolvido na preparação, pois daí que sai a comida com sabor e qualidade. Cozinhar é amor e muita dedicação”.
Com o objetivo de atender mais pessoas, desde a quinta-feira, 29, além do atendimento normal no horário do almoço, Glacielly destaca que passa a atender também no período noturno com entrega de marmitas. O espaço está localizado na Rua Arthur de Souza Costa, 528, no Palmital.
Glacielly reitera que cozinhar é um ato de amor e dedicação. “Não é fácil cozinhar, é algo como já comentei que requer tempo, vontade e dedicação, e acredito que seja um dom, porque cada profissão tem o seu dom. Tenho várias amigas que trabalhem no mesmo ramo e todas nós temos a consciência de que o sol nasce para todos. Cada um trabalha do seu jeito, acredito que este ramo da comida precisa ter o dom, gostar do alimento, pois não dá para servir qualquer coisa para as pessoas comerem. Então me sinto uma trabalhadora privilegiada, pois faço o que gosto e as pessoas gostam do que faço. Aproveito para agradecer a Deus, aos clientes e às parcerias”, finaliza.
