Prevendo a mudança na sistematização dos processos de entrada no porto e nos terminais portuários, a Cooperativa Mista e de Transportes de Fertilizantes, Sal, Corrosivos e Derivados do Litoral (Coopadubo) iniciou, há cerca de dois anos, um estudo para a implantação da chipagem dos aproximadamente 400 caminhões que formam a frota de veículos da empresa.
Participante em um projeto piloto de taggeamento feito pela empresa blueCorp, operadora oficial do programa nacional Brasil-ID, a pedido da Administração de Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), a Coopadubo já vislumbra o sucesso nos resultados de transparência e no controle de cargas transportadas. “Estamos prontos para este novo momento que se aproxima, uma vez que nos testes já realizados vimos que a gestão da logística dos nossos serviços foi amplamente melhorada, pois temos dados empíricos que só foram possíveis de serem avaliados em razão do trabalho de chipagem dos nossos veículos”, explicou o presidente da Coopadubo, Henrique Coelho.
Coelho disse, ainda, que a identificação dos gargalhos da operação contribuiu para a redução de custos, os quais não seriam fáceis de identificar sem a presença da nova tecnologia. “O taggeamento, com o sistema Brasil ID, permitiu celeridade de informação e, por consequência, agilidade nas respostas que necessitamos dar em casos de eventuais problemáticas na operação do transporte”, complementou o presidente.
O diretor regional da BlueCorp, Halyson Leandro da Silveira, explicou que o sistema pode ser entendido como uma revolução para as cadeias produtiva e logística no País, uma vez que ele permite em um único tag, instalado no veículo, o armazenamento de dados de diferentes utilidades e funcionalidades para toda a cadeia, entidades fiscalizatórias e prestadores de serviços. “Além disso, existe ainda a possibilidade de que outros serviços como monitores BI (business intelligence) e integrações a ERPs, WMSs, agreguem valores imensuráveis às empresas públicas e privadas, através dos sistemas e ferramentas criadas pela empresa, em consonância ao padrão Brasil-ID”, lembra o diretor. Segundo ele, a tecnologia abre um leque de opções que podem auxiliar o desempenho e gestão dos serviços de transportes e da cadeia produtiva. “O Brasil é pioneiro na criação e adoção da tecnologia, de forma segura, para mudar o que se entende em termos de fiscalização, captura de informações, rastreamento, autenticações entre outras aplicações”, informou. No caso da Appa, vale mencionar que ela é pioneira entre os portos do País, a desenvolver um sistema de inteligência na movimentação dos veículos que adentram o porto organizado.
Halyson deixou claro que os códigos são todos criptografados e sem qualquer chance de serem fraudados, uma vez que a tentativa de modificação na criptografia inviabiliza a operação do sistema. “Trata-se do que há de mais seguro e inovador no mercado”, concluiu.