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Segurança

Uso excessivo do celular pelas crianças exige atenção a crimes na Internet

Delegada explica quais violações contra menores são mais comuns e como denunciar

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Muitas crianças já ficavam bastante tempo no celular antes da pandemia e o apelo dos pais e professores era para que o aparelho fosse deixado de lado por, pelo menos, algumas horas. Com a chegada da pandemia, grande parte das atividades foi transferida para o meio digital, inclusive as aulas, o entretenimento e a vida social. O uso excessivo de aplicativos e a exposição na rede exigem dos pais mais atenção aos crimes praticados na Internet.

A delegada de polícia e chefe do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (NUCRIA) em Paranaguá, Maria Nysa Moreira Nanni, afirmou que é necessário que o acesso aos meios de comunicação continue sendo controlado pelos pais.

“A veiculação de aulas por meios digitais aumenta essa responsabilidade e já tem sido motivo de críticas por vários pedagogos e pais de alunos. Crianças não estão preparadas para o uso de redes sociais ou mesmo plataformas de estudo, não por não terem capacidade intelectual, mas porque não têm maturidade para lidar com os riscos ocultos no uso das tecnologias de comunicação. A sugestão aos pais é que forneçam o material de estudo por meio físico às crianças, diminuindo a exposição de contato com terceiros desconhecidos via plataformas de ensino ou redes sociais”, sugeriu a delegada.

Os principais crimes que têm as crianças como vítimas estão relacionados à imagem e divulgação de pornografia.“Estão previstos nos artigos 240 a 241-D do Estatuto da Criança e do Adolescente. Também há casos nos quais as crianças e adolescentes são vítimas de fraudes usando os cartões de créditos dos pais e outros dados de interesse econômico. Um motivo a mais para que os pais estejam sempre cuidadosos com a permissão de uso de aparelhos celulares e computadores pelas crianças e adolescentes”, lembrou a delegada.

Olhar atento dos pais

Se mesmo sob a vigilância dos pais, for verificado que os filhos estão conversando com pessoas estranhas ou alguma outra situação que coloque em risco a segurança da família, é importante agir da forma correta.

“Se todo o cuidado tomado não impediu que a criança entrasse em contato com algum estranho, os pais devem verificar o teor das conversas, se houve algum arquivo de imagem compartilhado, ou número de documentos e, com calma, entender o tipo de contato”, orientou a delegada do Nucria.

Se houver suspeita da ocorrência de crime, é preciso guardar os arquivos e o aparelho utilizado para auxiliar em uma futura investigação criminal. “É importante realizar boletim de ocorrência ou pedir orientação diretamente na unidade policial mais próxima. Em Paranaguá há a delegacia especializada do Nucria, que atende a situações ocorridas em Paranaguá”, afirmou Maria Nysa. O Nucria em Paranaguá está localizado na Rua Manoel Bonifácio, n.º 483, no Centro Histórico.

Na visão da delegada, quanto à orientação dos pais aos filhos, não ajuda nesses momentos tentar ensinar a criança a usar redes sociais e Internet. “Criança e adolescente nunca devem utilizar essas tecnologias sem a presença de adulto responsável olhando e controlando cada página que a criança tem acesso. O grande problema que aumenta o risco das crianças ao contato com predadores virtuais é a crença de que o aparelho celular é uma ‘babá eletrônica’ da mesma forma que a TV foi em gerações anteriores. A TV não expõe a criança a contato com estranhos, mas um aparelho celular pode a expor para o mundo”, considerou a delegada do Nucria.

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