Simulado de Domínio de Cidades acontece na próxima terça-feira, 11, em Paranaguá

Em abril deste ano, o batalhão da Polícia Militar de Guarapuava, no Paraná, e uma empresa de valores foram alvos de criminosos. O ataque causou medo nos moradores, um policial morreu e outro ficou gravemente ferido. O caso mobilizou os órgãos de segurança para atualizarem o Plano de Contingência para atuar em situações semelhantes através de exercícios simulados.

Várias unidades de Polícia Militar no Estado têm realizado os exercícios simulados com treinamento para a atuação em um possível crime de Domínio de Cidades ou Novo Cangaço, como são chamados.

Na próxima terça-feira, 11, será a vez do 9.º Batalhão de Polícia Militar (BPM) realizar o simulado em Paranaguá, a partir das 21h. A atividade será realizada em frente ao batalhão, na Vila São Vicente, e na empresa Protege, localizada no bairro Tuiuti. Por se tratar de um ataque simulado, o 9.º BPM informou que serão utilizadas munições de festim, fogos de artifício, pirotecnia, pneus serão queimados e haverá muita movimentação de viaturas.

Sendo assim, é importante que a população tenha conhecimento do exercício simulado e não se aproxime das equipes. “Mantenha a calma e não se preocupe com a movimentação de viaturas policiais. É a Polícia Militar do Paraná trabalhando para garantir a sua segurança”, comunicou o 9.º BPM.

Objetivo do simulado

O comandante do 9.º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Durval Tavares Junior, explicou que o objetivo é treinar os integrantes do 9.º Batalhão no caso de uma grave perturbação da ordem pública, como é o caso de uma situação de Novo Cangaço ou Domínio de Cidade.

Segundo ele, a ação possibilitará verificar o tempo de resposta do efetivo de serviço para retomar a Sede do Batalhão e se posicionar nos pontos de bloqueio que “fecham” o litoral; verificar o tempo de resposta da Inteligência em identificar a quantidade de marginais, armamentos, veículos, existência de reféns, entre outras informações, visando analisar qual o tipo de resposta que a Polícia Militar pode dar; e verificar o tempo de resposta das Unidades Especializadas em auxiliarem nos bloqueios, auxiliar no cerco e confronto com os marginais (Polícia Ambiental, Polícia Rodoviária, RONE, CHOQUE, Operações Aéreas, BOPE).

“Teremos um ataque simultâneo na sede do 9.º BPM e na sede da empresa Protege por 20 a 30 homens armados com pistolas e fuzis.  A prioridade será retomar a sede, auxiliar o efetivo que está sob ataque (Guarda do Quartel) e reforçar a sede. Durante essa intervenção, a Inteligência já estará na Protege analisando a situação e, conforme o que for repassado, serão realizados os bloqueios, colocação das embarcações na água, solicitação dos reforços necessários, entre outras medidas”, contou o comandante Tavares.

Por ser uma área urbana, não haverá simulação de confronto na empresa. De acordo com o comandante, a Inteligência acompanhará os marginais e informará qual trajeto, velocidade, entre outras informações, fazendo com que seja possível realizar um bloqueio nos locais já definidos no Plano de Contingência, utilizando, se necessário, veículos, em especial caminhões, para trancar os bloqueios, impedindo a saída dos marginais do litoral. 

“O Comando do Batalhão e o Alto Comando da Polícia Militar saberão o tempo de resposta, erros cometidos, inclusão de novas estratégias, ou exclusão de outras, tudo visando o aperfeiçoamento dos integrantes do 9.º BPM para uma coisa que esperamos que nunca aconteça”, concluiu o tenente-coronel Tavares.

Locais de realização do simulado

O simulado será realizado em frente a sede no 9.º BPM, localizada na Rua Domingos Peneda, n.º 2488 (Vila São Vicente); e na sede da empresa Protege, localizada na Rua Xavier da Silva, n.º 520 (Bairro Tuiuti). Ambos os locais serão isolados para a realização do exercício no dia 11 de outubro com início em torno das 21h.