Na terça-feira, 23, ocorreu no Palácio Taguaré, sede administrativa da Portos do Paraná, a reunião descentralizada do Comitê Interinstitucional de Prevenção e Enfrentamento às Violências Contra as Mulheres, proposta pela Casa Civil do Governo Estadual. Com o apoio da Prefeitura de Paranaguá, o encontro contou com a participação do Programa de Promoção dos Objetivos Integrados de Desenvolvimento Sustentável (Polis) e de representantes de órgãos estaduais e municipais. O objetivo da reunião foi definir estratégias voltadas ao enfrentamento da violência contra a mulher em Paranaguá.
Para a vice-prefeita de Paranaguá, Fabiana Parro, a união de esforços será fundamental para que as propostas saiam do papel. “A nossa cidade é tão linda, é a cidade-mãe do Paraná, mas ficou muito esquecida nessa questão das mulheres. O município, sozinho, não consegue dar conta de tudo, e essa união é de suma importância para que realmente haja uma transformação”, destacou Fabiana.
Portos do Paraná
Conforme Luizinho Maranhão, gerente de Navegação da Diretoria de Operações Portuárias da Portos do Paraná, combater os assustadores índices de violência é um compromisso necessário para todos. “Tenham certeza que podemos mobilizar todos os nossos parceiros, os agentes marítimos, os operadores portuários, as empresas que estão ligadas ao Porto de Paranaguá, à essa causa, abordando esta lamentável realidade que é o enfrentamento à violência contra as mulheres. O Porto de Paranaguá desenvolve uma série de atividades em defesa das mulheres. É inacreditável que no século 21 a gente ainda tenha que debater esse absurdo”, salientou.
Semdir
Segundo a secretária municipal da Mulher, Desenvolvimento Social e Igualdade Racial, Carolina Lourenço de Miranda, cada secretário presente no evento apresentou sua pasta, os serviços, programas e projetos desenvolvidos, os desafios enfrentados e as possibilidades de ampliação das ações, com o intuito de atender cada vez melhor às mulheres do município.
De acordo com ela, a realização do encontro foi motivada por um estudo conduzido pela Casa Civil, que revelou que Paranaguá está entre as cidades com piores indicadores para a qualidade de vida da mulher. “Esse estudo traz diversos indicadores, como questão de empregabilidade, capacitação profissional, violência. São aspectos que precisamos analisar com muito cuidado para que possamos propor ações conjuntas, tanto o Poder Público municipal, quanto o Poder Público estadual e reconstruir a realidade social da mulher parnanguara”, afirmou Carolina.
Segundo a secretária, o estudo apontou que um dos grandes desafios para o enfrentamento da violência contra a mulher em Paranaguá é a questão da empregabilidade. Ela destaca que a autonomia financeira é fundamental para que, ao vivenciar uma situação de violência, a mulher consiga prover seus meios de subsistência de forma independente. “Hoje, Paranaguá conta com uma equipe de acolhida para escutar essa mulher, para abrigar essa mulher quando ela está em situação de violência, mas precisamos estimular a sua autonomia. Isso é feito através de capacitação profissional, de acompanhamento social, de inserção no mercado de trabalho”, salienta.
“São frentes que precisamos ampliar e vamos precisar contar com o apoio também das empresas privadas para terem esse olhar mais atento e conseguirem contratar as mulheres que estão sendo direcionadas para essas vagas de trabalho”, pontuou a gestora.
De acordo com ela, a interação entre os poderes municipal e estadual é fundamental. “O município tem as suas limitações em relação à disponibilidade orçamentária. Então, quando o Estado retorna o seu olhar, um olhar muito atento para o município, conseguimos captar mais recursos, ter mais apoios em relação a estratégias de enfrentamento às questões apresentadas”, conclui a secretária.
Patrulha Maria da Penha
Na ocasião, a coordenadora da Patrulha Maria da Penha e guarda civil municipal, GCM Márcia Garcia, esteve representando a Secretaria de Segurança do Município. Ela explicou a atuação da GCM no combate e enfrentamento à violência contra a mulher em Paranaguá. “A Patrulha Maria da Penha faz, além de acompanhar as medidas protetivas de urgência, faz um trabalho preventivo com palestras, atendimento de ocorrências, denúncias anônimas, sobre violência. A gente está indo onde nos chamarem”, afirma.
Ela destaca que para o mês de outubro, já há programação e projetos, como o Maria Vai às Ilhas, Maria Vai à EJA e o Maria Vai às Escolas. “Para nós é muito importante essa reunião, porque tendo ajuda, parceria, a gente consegue alcançar maiores voos, abrangendo a cidade toda”, finaliza Márcia Garcia.
Com informações da Portos do Paraná
