A Polícia Federal (PF) utilizou dois drones em Paranaguá no domingo, 15. Os equipamentos tiveram o objetivo de ajudar os policiais na prevenção e repressão de crimes eleitorais, como, por exemplo: a boca de urna, compra de votos, transporte de eleitores, dentre outros.
No período da manhã, a reportagem da Folha do Litoral News acompanhou uma das inserções realizadas pela PF utilizando o aparelho, sobre o maior colégio eleitoral do Paranaguá, Cidália Rebelo Gomes, localizado na Ilha dos Valadares.
A delegada chefe da Delegacia da Polícia Federal de Paranaguá, Christiane Seidel, explicou como foi a utilização do uso dos drones nesta eleição. “Este ano, a Polícia Federal está inovando com uma nova ferramenta tecnológica. Estivemos utilizando drones tanto para prevenir como reprimir crimes eleitorais. Estes drones estão nos auxiliando muito, porque conseguimos de longe, aqui da delegacia ou de qualquer ponto de nossa cidade, conseguimos verificar a atuação delituosa de cabos eleitorais ou candidatos neste dia, e isso conseguimos fazer mantendo a distância das pessoas e dos eleitores que estão indo para a votação, especialmente por conta da Covid-19”, destaca a delegada, informando também que equipes da Polícia Federal estão atuando nos sete municípios do litoral.
Balanço
Dra. Christiane Seidel também fez um balanço positivo do trabalho da Polícia Federal nas eleições de 2020. “A Polícia Federal esteve com um pessoal em todas as cidades do litoral fazendo rondas ostensivas, repressivas e tentando busca e apurar as denúncias que foram feitas por populares, pela Justiça Eleitoral ou pelo Ministério Público Eleitoral. Muitas denúncias se mostraram inverídicas, mas, mesmo assim, buscamos apurar todas as denúncias. Foi uma eleição razoavelmente tranquila. Nós gostamos de ter participado por sua tranquilidade e entendo que foi boa para os eleitores também”, destaca a delegada chefe, enfatizando que a utilização dos drones também foi uma ferramenta que contribuiu para o processo eleitoral. “Aqui em Paranaguá, a utilização dos drones foi fundamental, pois em alguns lugares que a gente não teria acesso, ou no momento em que a gente chega o pessoal sai do local, no momento em que veem uma viatura ostensiva, o pessoal tenta disfarçar e com o drone a gente consegue chegar nestes locais sem ser percebido, e isso facilita muito a nossa atuação. Houve menos ocorrências que imaginávamos que poderiam ter ocorrido, por isso caracterizamos a eleição como tranquila”, completa.
Dr. Christiane Seidel explica quais os próximos procedimentos. “A partir de agora, inicia a apuração e, como a gente diz, a eleição ainda não terminou, pois ainda pode ocorrer algum transtorno, mas, a partir de agora, vamos para a parte de investigação. Alguns crimes que não tenham autoria definida ou a materialidade não esteja bem caracterizada vão ser apuradas através do inquérito policial, que nós vamos instaurar através de requisição do Ministério Público da promotoria eleitoral”, finaliza.
Leia também: Portos do Paraná orienta trabalhadores sobre o teste do etilômetro