Estelionato digital comum na região é aluguel falso de imóveis na praia
Várias vantagens foram obtidas pela sociedade com o advento da Internet, algo maximizado no século XXI, aproximando a comunicação entre as pessoas com a criação das redes sociais, bem como continuidade do uso do telefone de forma ampliada com a utilização mais democrática dos aparelhos celulares. Apesar disso, malefícios também ocorreram, e um bem claro é o uso destes avanços para a prática de crimes, principalmente os de estelionato, com diversos golpes para tirar dinheiro de pessoas desavisadas através de ligações ou mensagens nas redes.
De acordo com a Assessoria da Polícia Civil do Paraná (PCPR), na delegacia especializada, foram registrados cerca de 10 mil casos de estelionato em 2019. "Destes, aproximadamente 70% tratavam-se de golpes aplicados via Internet e telefone", explica. "Os principais golpes aplicados utilizando Internet e telefone são: compras e vendas via Mercado Livre e OLX, falso empréstimo, falso sequestro, clonagem do WhatsApp, estelionato amoroso e aluguel de imóvel na praia", detalha, ressaltando a prática de estelionato digital de aluguel falso para obtenção de lucro ilícito por criminosos no litoral paranaense, principalmente na época de temporada de verão, com crescimento de turistas na região.
Um item essencial para a vítima é o registro do Boletim de Ocorrência (BO) por parte das vítimas dos golpes na Internet. "Sempre que uma pessoa for vítima de estelionato deve dirigir-se a uma delegacia para registrar o BO. A Delegacia de Estelionato da PCPR é competente para investigar o crime de estelionato sem autoria definida, os casos em que a autoria já foi definida é de competência dos distritos da área onde se consumou o crime. No entanto, o BO pode ser registrado em qualquer delegacia que, caso não seja a delegacia competente, esta se encarregará de encaminhar o registro para o local correto", explica a PCPR.
Dicas
"As principais dicas para a prevenção de golpes via Internet e telefone são: não passar informações pessoais e senhas através do telefone ou Internet, o banco não solicita tais informações via telefone e não envia funcionários para retirada de cartões ou documentos; não efetuar depósito em conta que for de titularidade do proprietário do bem; não aceitar a intermediação de terceiros na compra ou venda pela Internet; não efetuar depósitos ou transferências em contas de agências localizadas em outros Estados", informa a Polícia Civil.
Segundo a assessoria, os estelionatários geralmente usam agências de outros Estados para o recebimento dos valores e basta pesquisar o banco e o número da agência na Internet para verificar a sua localização. "Além disso, recomenda-se ativar a verificação em duas etapas do WhatsApp (Configurações -> Conta -> Confirmação Em Duas Etapas), não efetuar compras com valores muito abaixo do mercado, não efetuar depósitos para a liberação de empréstimos", finaliza a PCPR.
