Combater o crime organizado, intensificar a integração entre os agentes de segurança pública e fortalecer o monitoramento nas fronteiras brasileiras. Desde 16 de dezembro de 2019, o primeiro Centro Integrado de Operações de Fronteira (Ciof) do Brasil – projeto estratégico do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria de Operações Integradas (Seopi/MJSP) – será inaugurado em uma das principais áreas de livre comércio de importação e exportação do país, Foz do Iguaçu (PR). O projeto conta com o apoio de Itaipu.
Baseado nos modelos dos escritórios norte-americanos de monitoramento após os atentados de 11 de setembro de 2011, o centro brasileiro irá funcionar em uma área de 600m² no Parque Tecnológico de Itaipu, e irá, de forma inédita, envolver todos os atores de segurança pública que antes exerciam suas funções isoladamente, ou em conjunto, mas nunca efetivamente coordenados, como polícias estaduais, Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Agência Nacional de Inteligência (Abin), Ministério da Defesa, Unidade de Inteligência Financeira (UIF – antigo Coaf), Receita Federal, Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica internacional (DRCI), Departamento Nacional Penitenciário (Depen), entre outros órgãos.
De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, esses agentes irão trabalhar juntos, compartilhar inteligências e para planejar operações.
“É como se houvesse uma força-tarefa permanente, com o objetivo de prevenir e reprimir crime de fronteira (contrabando, tráfico de drogas e armas, financiamento ao terrorismo e proteção de estruturas críticas para o país). Por isso, a localização estratégica em Itaipu”, explicou. Moro agradeceu o apoio dado por Itaipu e do governo do Paraná para a concretização do projeto do governo federal.
Integração nas fronteiras
“Um grande cérebro a fim de gerar informações para todo o Brasil”. De acordo com o coordenador-geral de Combate ao Crime Organizado da Seopi/MJSP, Wagner Mesquita, o diferencial do CIOF é resultado operacional imediato. Funcionando como um escritório de comando e controle para as operações ostensivas, segundo Mesquita, essa capacidade intelectual em gerar e compartilhar informações, direcionar ações coordenadas e ampliar ferramentas tecnológicas com a utilização de satélites, câmeras, sensores, e drones irá estimular e ampliar a capacidade de enfrentamento ao crime organizado, bem como o combate ao tráfico de drogas e armas, o financiamento ao terrorismo e a lavagem de dinheiro de organizações criminosas.
“A inauguração deste Centro irá revolucionar o modelo de operações ostensivas. As organizações criminosas se fortaleceram e passaram a utilizar recursos logísticos modernos e, agora, o MJSP investe na adoção de novas metodologias de trabalho, principalmente nos quesitos de ações integradas e compartilhamento de informações”, explica Mesquita.
São essas informações centralizadas que irão permitir a eficácia nas ações. Os bancos de dados das instituições envolvidas irão gerar relatórios que, a partir de agora, auxiliarão as investigações criminosas em todo país, principalmente na área da Tríplice Fronteira, que atuam diretamente nos estados do Paraná e Mato Grosso do Sul, e com reflexos nos grandes centros consumidores no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Porto Alegre e demais capitais.
O ministro ainda participou da inauguração do Fronteira Tech, iniciativa do Ministério da Economia para ampliar o uso de tecnologia e inteligência artificial no trabalho da Receita Federal na Ponte da Amizade.
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Fonte e foto: Ministério da Justiça e Segurança Pública