Na tarde de sábado, 13, as forças de segurança foram reunidas em Paranaguá para lançar oficialmente a Operação Fronteiras e Divisas Integradas, com o objetivo de combater crimes transfronteiriços no Brasil, fruto de uma articulação entre as forças policiais do Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Além disso, intensificar a presença do Estado nas faixas limítrofes, fortalecendo a integração entre órgãos federais, estaduais e municipais no combate a ilícitos.
PARANAGUÁ
O comandante do 9.º Batalhão de Polícia Militar (9.º BPM), tenente-coronel Durval Tavares Junior, explicou como a operação se dará na prática, tendo em vista que as ações foram iniciadas no dia 10 de maio. “É a primeira operação de Fronteiras e Divisas Integradas, que envolve os estados do Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Temos todas as forças representadas, não só na região Leste do estado, mas também na região Norte de São Paulo e Sul de Santa Catarina. Nas regiões Sudoeste, Oeste e Noroeste do estado fazendo operações conjuntas com as polícias do Mato Grosso do Sul, São Paulo, então é uma grande operação e essa é a primeira de muitas que esperamos ter”, destacou.
Desta forma, milhares de policiais atuarão em diversos pontos de bloqueios nas divisas dos cinco estados. Com patrulhamento marítimo, aéreo, ambiental e em rodovias, a ação prevê abordagens a veículos e embarcações, identificação e monitoramento de foragidos e ações de repressão qualificada.
“Não é só o tráfico, é uma operação que está realizando bloqueios em todas as saídas do estado do Paraná, está sendo realizado em todas as entradas do Estado de Santa Catarina e São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Essa está sendo coordenada por nós, a próxima deverá ser São Paulo e assim serão outras operações”, contou o Coronel Tavares.
O Coronel Tavares é o coordenador da região Leste e a Operação Fronteiras e Divisas Integradas teve início no dia 10 de maio e deverá seguir até o dia 15 de junho. No Paraná, a coordenação operacional é da Secretaria de Segurança Pública, tendo ocorrido duas apresentações para a imprensa: pela manhã em Guaíra, e no período da tarde em Paranaguá.
Em paralelo, em Paranaguá, as demais operações em andamento, como a Operação Albatroz e a Operação Barreira, seguirão independentes da Operação Fronteiras e Divisas Integradas. A operação foi desenhada no I Encontro entre Secretários de Segurança Pública do Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul (SULMASSP), há poucas semanas.
“Eu peço que as pessoas respeitem as ordens policiais como qualquer cidadão de bem, pare o caminhão quando for determinado, desça do caminhão quando for orientado, desligue o veículo se for pedido”, orientou o Coronel Tavares.
PARANÁ
São sete mil policiais fiscalizando 128 pontos terrestres, marítimos e aéreos nas divisas e fronteiras com o objetivo de combater diversos tipos de crimes. Cerca de 2,5 mil viaturas, 31 embarcações e 13 aeronaves estão fornecendo apoio nos cinco estados. Desde a sexta-feira, 12, uma tonelada de droga e quatro armas de fogo foram retiradas das ruas.
“O objetivo da operação não é só visibilidade ostensiva, mas também fortalecer a inteligência. Vamos intensificar o combate ao tráfico de drogas, tráfico de armas e contrabando, entre outros. Nós temos divisas muito grandes, mas com os estados integrados ganhamos força. Esse intercâmbio é importantíssimo”, explicou o secretário de segurança do Paraná, Hudson Leôncio Teixeira.
A ação prevê abordagens a veículos e embarcações, identificação e monitoramento de foragidos e ações de repressão qualificada. Coibir roubo e furto de cargas e roubos a estabelecimentos bancários são alguns dos objetivos.
O comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, coronel Cássio Araújo de Freitas, que participou do lançamento, explicou que esse tipo de operação visa a proteção da sociedade. “Operações conjuntas aumentam a integração, o fluxo de informações, o estabelecimento de novas providências. São Paulo vai apoiar o Paraná e os demais estados nessa grande força-tarefa”, disse.
INTEGRAÇÃO
A coordenação operacional é da Segurança Pública do Paraná (Sesp), por meio da Coordenação de Operações Integradas de Segurança Pública (Coisp). Pela Sesp, as instituições participantes serão as polícias Militar, Civil, Científica e Penal, que atuarão em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Receita Federal.
A Polícia Científica disponibilizou o aparelho Espectroscopia Raman para a operação. Ele reconhece a estrutura química do material apreendido, permitindo a identificação de forma mais agilizada.
Para o delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Silvio Rockembach, a criminalidade não respeita fronteiras, por isso as forças devem trabalhar unidas. “A integração tem sido intensificada cada vez mais entre os estados. A união das polícias entrega uma resposta mais eficiente para a população”, destacou.
O comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, coronel Sérgio Almir Teixeira, disse que a atuação criminosa em qualquer um desses estados impacta os demais. “Estamos há quase dois meses organizando essa operação, com o principal objetivo de realizar uma interação cada vez mais efetiva entre as polícias, aprimorando técnicas e fortalecendo a segurança do País”, disse.
Com informações da AEN