O Governo do Estado anunciou, nesta semana, a finalização de dois projetos para tornar o Paraná mais preparado para eventos naturais extremos, os programas Monitora Paraná e o Monitora Litoral. Ambos começam a ser implementados ainda neste ano com foco no aprimoramento da estrutura de monitoramento de desastres ambientais.
De acordo com o Governo do Estado, esse monitoramento será realizado por meio de coleta de dados, ações de mapeamento, aprimoramento de sistemas de alerta de desastres, aquisição de novos equipamentos e modernização de sistemas de informação.
O investimento de R$ 140 milhões, sendo metade para cada proposta, é financiado em partes com os recursos pagos pela compensação do acidente ambiental da Petrobras em 2000, em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. Os recursos foram liberados neste ano pela Justiça Federal.
O secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Everton Souza, disse que o investimento é alto e que se busca inovação e a precisão na prevenção de eventos críticos.
“Tanto IAT quanto Simepar vão exercer papéis importantes no monitoramento, compartilhando a operação em prol da modernização dos sistemas, de respostas rápidas para a segurança da população paranaense”, destacou Everton.
Monitora Paraná
O programa Monitora Paraná tem como objetivo identificar as vulnerabilidades em áreas de proteção ambiental, como Unidades de Conservação (UCs), Corredores Ecológicos e Áreas Estratégicas de Conservação e Restauração (AECR).
Esse índice vai considerar padrões de precipitação, temperatura e fragilidade do ecossistema, e será usado como base para a criação de planos de adaptação, mitigação e monitoramento dos locais para torná-los mais resilientes às crises. “Quanto maior o índice, mais atenção do Estado aquele local requer. É assim que vamos trabalhar”, explica Souza.
Monitora Litoral
O programa Monitora Litoral envolve uma estrutura de monitoramento em pontos críticos dos sete municípios da região (Antonina, Morretes, Paranaguá, Pontal do Paraná, Guaraqueçaba, Matinhos e Guaratuba).
“Os equipamentos instalados serão capazes de medir aspectos como o nível do mar, altura de ondas e correntes marítimas, para a construção de uma modelagem oceanográfica do Paraná, capaz de ajudar na prevenção de eventos climáticos extremos. A implementação completa das iniciativas levará em torno de três a quatro anos”, afirmou o Governo do Estado.
Avanço no monitoramento de desastres
O diretor-presidente do Simepar, Paulo de Tarso, disse que os programas de monitoramento revelam um avanço no Estado, que deixará de ser reativo para atuar de fato na prevenção de eventos climáticos extremos.
“É um novo momento na história da humanidade, mas que o Estado passa a se habilitar por meio desse programa Monitora Paraná, com modernização e instrumentalização adequada”, afirmou Tarso.
O que já existe no Paraná
O Paraná já possui 120 estações meteorológicas telemétricas automáticas, três radares meteorológicos e cinco sensores de descargas meteorológicas. O Simepar é responsável por fornecer dados meteorológicos para órgãos como a Coordenadoria Defesa Civil e a Sedest, para facilitar ações de resposta a situações extremas.
Desta forma, são monitoradas desde situações causadas por chuvas extremas, como enxurradas, deslizamentos e alagamentos, até situações como incêndios e secas.
Com informações da AEN