O Corpo de Bombeiros do Paraná é o primeiro da América Latina a contar com o Simulador FLAIM, de origem australiana, equipamento que permite intercalar treinamentos de campo com simulações virtuais durante a formação e aprimoramento da tropa. Entre outras vantagens, o aparelho possibilita reproduzir ações em diversos ambientes simulados, com a troca instantânea de cenários e o exercício de diferentes situações possíveis de serem encontradas na realidade operacional.
O material foi entregue ao Corpo de Bombeiros na terça-feira, 20, pelo governador Carlos Massa Ratinho Júnior em ato simbólico no Palácio Iguaçu. O investimento do Governo do Estado é de R$ 707 mil.
“Os bombeiros do Paraná historicamente estão à frente do seu tempo. Uma instituição moderna, inovadora, que vai poder aprimorar os treinamentos com o uso de um simulador de realidade virtual. Isso significa uma formação mais aprimorada e um serviço ainda melhor que será entregue à sociedade”, disse Ratinho Junior.
O governador lembrou que a ação dos bombeiros paranaenses nos últimos dois anos extrapolou os limites do Paraná, incluindo operações em outros estados, como o apoio nos resgates das vítimas da tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais, e combate aos incêndios na Amazônia e no Pantanal. “É um dos melhores, se não for o melhor Corpo de Bombeiros do País”, destacou.
Com o uso do aparelho a experiência durante o treinamento é potencializada, explicou o coronel Gerson Gross, comandante-geral do Corpo de Bombeiros. Segundo ele, o mundo virtual replica exatamente os equipamentos utilizados pela corporação, como esguicho e mangueira, entre outros. “Até o calor do corpo vai mudando conforme o soldado chega mais próximo do fogo por causa de uma vestimenta que aquece”, disse.
O comandante destacou que o simulador complementa os materiais já à disposição do Laboratório de Combate a Incêndios da Escola Superior de Bombeiros, em Curitiba. A intenção, contudo, é promover caravanas pelo Interior do Estado com a introdução de treinamentos regionalizados, atingindo toda corporação de 3.200 profissionais.
“Podemos treinar em vários cenários sem ter o incêndio real. É algo muito importante para acompanhar o comportamento do bombeiro”, afirmou o coronel.
Chefe do Centro de Ensino e Instrução do Corpo de Bombeiros, o major Eduardo Slomp ressaltou que além da versatilidade tecnológica e da praticidade, o simulador possibilita realizar exercícios que dependeriam de altas demandas logísticas e financeiras de maneira instantânea e com considerável rotatividade de alunos. “É um equipamento inovador. Vai auxiliar e muito nossos bombeiros a aperfeiçoar a técnica de combate a incêndio”, comentou.
Fonte: AEN