Professora surda reclama falta de inclusão em campanhas

Surdos poderão levar intérprete na hora de votar

A campanha eleitoral está quase no fim e, mais uma vez, foram raros os momentos em que houve preocupação com a comunidade portadora de necessidades especiais. Segundo as pessoas que possuem o problema auditivo, até mesmo quem tomou a iniciativa de inserir a linguagem de sinais acabou por repetir um erro bastante comum, que é colocar a intérprete aparecendo no vídeo de forma quase minúscula, situação que também compromete o entendimento de quem é surdo uma vez que os sinais ficam igualmente minúsculos.

A professora Lorena Ferro Ferrari, que é surda, falou à reportagem da Folha do Litoral News, por meio da pedagoga e intérprete Bárbara Mendes, que nesta eleição voltou a sentir a falta de respeito dos postulantes a cargos públicos para com os surdos do município. “Infelizmente, não tivemos legenda, não tivemos intérpretes no vídeo, e quando houve, a intérprete ficava pequenininha no vídeo”, lamentou. “A inclusão precisa ser total”, disse ela.

Sobre o que pensa para o futuro da cidade, a jovem, com um sorriso no rosto, espera por uma cidade melhor e com mais acessibilidade. “Tenho a esperança de que um dia tudo será diferente e melhor”, comentou. A professora fez questão de indicar, aos futuros legisladores municipais, a possibilidade de haver a criação de uma lei que ajude na melhoria da educação da sociedade a respeito dos surdos e suas necessidades de terem particularidades em termos de acessibilidade. “Torço para que isso aconteça”, reforçou.

 

NA HORA DA VOTAÇÃO

Para quem é surdo e vai votar nestas eleições poderá levar um intérprete de confiança para o auxílio na comunicação junto aos mesários, isso porque, a Justiça Eleitoral não disponibiliza um atendimento especial voltado a esta parcela da sociedade. No entanto, para quem é deficiente visual, todas as seções eleitorais vão conter um fone de ouvido para que as informações da votação sejam precisas ao eleitor. Além disso, a Justiça Eleitoral disponibilizou, em Paranaguá, cerca de 19 locais de votação especiais, o que consiste em ambientes onde os mesários foram treinados para dar suporte ao atendimento às pessoas com deficiência.

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