Portos do Paraná

Ratinho Júnior conhece o primeiro navio sustentável do mundo, que está no Paraná

Navio será carregado com 63 mil toneladas de farelo de soja

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Um navio com velas metálicas, que utiliza o vento para economizar combustível durante a navegação e emite 30% menos gás carbônico que os convencionais. Esse é o Pyxis Ocean, considerado o primeiro navio “verde” do mundo e que, em sua primeira viagem com a nova tecnologia, teve como destino o Porto de Paranaguá. O governador Carlos Massa Ratinho Júnior esteve na quarta-feira, 20, a bordo do cargueiro, que partiu do Porto de Xangai, na China, no início de agosto.

Fretado pela multinacional Cargill, o navio será carregado com 63 mil toneladas de farelo de soja no terminal marítimo paranaense na próxima semana, com destino à Polônia.

“Em sua primeira viagem, o navio mais sustentável do mundo escolheu como destino o Porto de Paranaguá, o mais eficiente do Brasil, e que fica justamente no Estado mais sustentável do País”, disse Ratinho Júnior. “Essa é uma demonstração de que o mundo está olhando para o Paraná, que é referência em produção, logística e sustentabilidade”.

A tecnologia do Pyxis Ocean, chamada BAR Tech WindWings, foi desenvolvida pela BRA Technologies, em parceria com Yara Marine Technologies e a Mitsubishi e apoio da União Europeia. Ela busca inovação e ganhos nos custos operacionais, além da redução na emissão de poluentes. A BRA trabalha em projetos náuticos, incluindo experiência em regatas oceânicas, como a America’s Cup.

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A Portos do Paraná é signatária do Pacto Global da ONU e tem atraído embarcações que estejam alinhadas na busca pela redução de emissão de gases do efeito estufa / Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

“O Porto de Paranaguá já é o mais eficiente do Brasil, e agora recebe essa tecnologia inédita para os portos do País. Quando alguém avistar esse navio com velas de 38 metros de altura, saiba que a viagem que ele fez economizou toneladas de combustível que seria emitido no meio ambiente”, destacou o secretário estadual da Infraestrutura e Logística, Sandro Alex.

Em maio do ano passado, o Porto de Paranaguá já tinha recebido o navio MV Afros, também graneleiro e que usava velas rotatórias para ajudar na propulsão e reduzir o consumo de combustível. A economia pode chegar a 12,5% graças aos rotores que giram com a passagem do vento e ajudam na impulsão da embarcação. Assim como o Pyxis Ocean, possui motor a combustão, mas, nesse caso, pode atuar com menos potência e gastar menos combustível fóssil.

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Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

REFERÊNCIA

A Portos do Paraná é signatária do Pacto Global da ONU e tem atraído embarcações que estejam alinhadas na busca pela redução de emissão de gases do efeito estufa. Em novembro, a empresa pública vai representar o setor portuário mundial na COP 28, que acontece em Dubai.

“Receber um navio com essa inovação demonstra que o nosso porto é referência para o mercado em eficiência e sustentabilidade, o que nos compele a inovar cada vez mais, para oferecer uma opção logística sustentável para o mundo”, disse o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

“Nenhuma outra embarcação tem esse mecanismo de velas, que economiza toneladas de combustível em uma viagem de 40 dias. O Porto de Paranaguá recebe mais de 3 mil navios por ano, e a tendência para o futuro é ampliar a economia de combustível nesses cargueiros, trazendo um equilíbrio maior ao meio ambiente nas operações portuárias”, ressaltou.

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Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

CORREDOR LESTE

A operação irá ocorrer no Corredor de Exportação Leste do Porto de Paranaguá, que nos primeiros oito meses deste ano movimentou 15,3 milhões de toneladas de grãos (soja e milho) e farelo de soja. Essa movimentação representa um crescimento de 17,5% se comparado ao mesmo período de 2022. Apenas de soja em grão, o Corredor Leste embarcou 9,2 milhões de toneladas, quase 26% a mais em relação ao ano de 2022. Ao mesmo passo, o farelo de soja obteve crescimento de 5% e o milho 8,5%, números que demonstram a eficiência da estrutura portuária de Paranaguá.

Fonte: AEN

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