Portos do Paraná

Produtividade na importação de adubo cresce 20% nos Portos do Paraná

Descarga de fertilizantes está mais eficiente. Fotos: Claudio Neves / Portos do Paraná

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Descarga de fertilizantes está mais eficiente e a produtividade média, por dia, cresceu 20% em 2021. No primeiro quadrimestre deste ano foram 42.890 toneladas de adubo descarregadas diariamente. - Paranaguá, 19/05/2021 - Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

A descarga de fertilizantes está mais eficiente nos portos de Paranaguá e Antonina. A produtividade média, por dia, cresceu 20% e chegou a 42.890 toneladas de adubo descarregadas diariamente no primeiro quadrimestre deste ano. No mesmo período de 2020 a média era de 35.481 toneladas/dia.

“A descarga de granéis sólidos se destaca pela eficiência, com uma gestão dinâmica, dando ao usuário as melhores condições operacionais”, disse o diretor de Operações da Portos do Paraná, Luiz Teixeira da Silva Júnior.

Os operadores portuários do segmento, nos portos de Paranaguá e Antonina, atuam com equipamentos de alto rendimento, mão de obra eficiente e, ainda, contam com uma frota de caminhões que atendem tanto os armazéns de retaguarda como o Interior. “Assim otimizamos o frete de retorno, quando o caminhão chega com soja e volta com adubo”, afirmou o diretor.

Segundo Teixeira, os portos paranaenses contam também com berços com descarga direta em correias transportadoras, que levam os produtos até os armazéns, como a exemplo da Fospar e do berço 209, do Porto de Paranaguá, que somam na eficiência de todo o sistema.

“Toda essa produtividade reflete nos custos operacionais e, consequentemente, de toda a cadeia logística da qual os portos do Paraná fazem parte”, ressalta o diretor.

DESTAQUE

Cada vez mais os portos paranaenses se firmam como eficientes nas operações de exportação e importações, atendendo as demandas de mercado com custos altamente competitivos.

“Isso demonstra que nos preparamos para atender a demanda de exportação dos produtos agrícolas do nosso País, mas também temos estrutura suficiente para receber os mais diversos produtos, em especial os graneis sólidos”, disse Teixeira.

Hoje, os fertilizantes representam cerca de 43% das importações dos portos de Paranaguá e Antonina. Nos primeiros quatro meses do ano, 3.221.386 toneladas dos produtos foram descarregadas pelos operadores paranaenses. O volume é 12% maior que o registrado no mesmo período de 2020 (2.875.263 toneladas).

O Porto de Paranaguá é o primeiro do País na importação de fertilizantes, responsável por 30% de todo adubo importado para ser aplicado nas lavouras brasileiras.

Hoje, os fertilizantes representam cerca de 43% das importações dos portos de Paranaguá e Antonina

OPERADORES

Para o diretor da Associação de Graneis Sólidos de Importação (Agrasip), Rivadavia Simão, entre os fatores que têm impacto direto nas importações estão a demanda crescente dos adubos e a capitalização dos produtores de soja, que venderam recentemente a safra do granel.

Este ano, o mercado antecipou a compra dos produtos nos primeiros meses do ano. “Muitos misturadores aproveitaram que os preços dos fertilizantes estavam subindo e anteciparam as importações para preparar as próximas safras”, disse.

Os operadores estimam que as entregas de todo o País, neste ano, alcancem 42,4 milhões de toneladas. “As importações devem ficar na casa das 36 milhões de toneladas, ou seja, 3 milhões a mais que no ano passado. Paranaguá vai captar 30% deste volume”, destacou Simeão.

Segundo ele, a localização geográfica, capacidade estática, eficiência operacional e os custos logísticos permitem ao porto paranaense manter a liderança histórica na importação dos fertilizantes. “O Porto de Paranaguá oferece a possibilidade da modalidade de Entreposto Aduaneiro, que foi uma iniciativa pioneira e permitiu que volumes adicionais fossem importados”, afirmou.

INDÚSTRIA

O diretor-presidente do Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas no Estado do Paraná (Sindiadubos), Aluísio Teixeira, explica que o aumento na importação do produto, no primeiro quadrimestre, se deve ao aumento do consumo do Brasil. “Os produtos comprados agora serão aplicados na safrinha de 2022”, afirmou. Para este ano, até dezembro, o setor espera crescer mais 5%.

Fonte: AEN

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