Portos do Paraná

Portos do Paraná promove discussão sobre assédio moral no ambiente de trabalho

Compliance e conduta também foram temas debatidos no Seminário de Ética e Integridade

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Na quarta-feira, 22, foi realizado na Portos do Paraná o segundo dia do I Seminário de Ética e Integridade. O evento é voltado para o público interno da empresa pública e, esta data foi focada no debate sobre o combate à violência contra a mulher, com a promotora de Justiça Cibelle Maria Scopel; e assédio no ambiente de trabalho com a advogada especializada Vanessa Saldanha Abrão.

Também foram discutidos Compliance e Conduta na Portos do Paraná com o coordenador de Compliance, Everton Renato de Oliveira, e o agente de Compliance, Vinícius Cordeiro.

O evento começou com a explanação da advogada especialista, Vanessa Saldanha Abrão, sobre assédio moral no ambiente de trabalho. Ela descreveu as práticas inaceitáveis de assédio e o respeito às diversidades que precisam existir nas corporações.

“Em uma relação de trabalho é preciso existir o respeito entre todos os colaboradores. Hoje, as mulheres, principalmente com relação ao assédio sexual, geralmente vêm de um cargo maior e, às vezes, elas podem se calar e não devemos nos calar diante disso. Existem canais de denúncias, temos a Controladoria Geral do Estado que guardam a anonimidade. Os casos devem ser denunciados”, enfatizou a advogada.

Segundo ela, o que predomina no cenário atual é a questão do assédio moral. “É importante que as pessoas se munam de gravações, de documentos, hoje a tecnologia nos auxilia nisso. O que mais predomina hoje é o assédio moral, que podem ser xingamentos em reuniões quando metas não são atingidas, pressão, ameaças de demissão. Essas situações não podem acontecer, pois deixam danos físicos e psicológicos às pessoas. A Justiça do Trabalho tem dado resposta para essas pessoas, existem comissões do Direito do Trabalho específicas e atuantes nisso”, salientou Vanessa.

A promotora de Justiça, Cibelle Maria Scopel, afirmou que trazer o tema do combate à violência doméstica e familiar para as empresas é importante tendo em vista os índices presentes no País. 

“Em um lugar que a maioria dos integrantes são compostos por homens é importante para que a gente possa trazer reflexão sobre esse tema e também tentar mudar essa cultura machista que a gente vive hoje.  A ideia foi trazer temas de reflexão sobre a violência doméstica e familiar, que realmente é algo que está invisível no nosso dia a dia, mas que tem efeitos nefastos na vida de muita gente, na vida das famílias. E o lar é o lugar que deve ser mais seguro para que todos os integrantes dele possam se desenvolver da melhor maneira possível”, declarou Cibelle.

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Colaboradores da Portos do Paraná conheceram mais sobre os temas propostos

Compliance

O agente de Compliance da Portos do Paraná, Vinícius Cordeiro, disse que é importante trabalhar esses temas para incorporar a cultura no colaborador. 

“Ele ter essa conduta internalizada vai fazer com que o público externo saiba que qualquer colaborador daqui vai apresentar o mesmo comportamento perante qualquer situação. Saber que os colaboradores vão ter esse enfrentamento ao assédio, vão enfrentar a discriminação, vai auxiliar muito na imagem da empresa e também a projeção em futuros negócios e até para a própria comunidade portuária”, disse Vinícius.

Conduta

O coordenador de Compliance da Portos do Paraná, Everton Renato de Oliveira, falou sobre a importância de discutir a transparência interna.

“É um tema muito importante que já vem sendo debatido com a Lei Geral de Proteção de Dados. É um tema que a gente vem debatendo há muito tempo na Superintendência de Governança e hoje a gente traz para o público aqui na empresa para discutir esse tema também. A transparência é importante porque hoje nós, como empregados públicos, temos que saber quais dados a gente pode dar a transparência”, destacou Everton.

O que configura assédio moral

  • – Atribuir, de propósito e com frequência, tarefas inferiores ou superiores, distintas de suas atribuições;
  • – Controlar a frequência e o tempo de utilização de banheiro;
  • – Pressionar para que não exerçam seus direitos estatutários ou trabalhistas;
  • – Criticar a vida privada, as preferências ou as convicções pessoas e políticas;
  • – Atribuir tarefas vexatórias ou humilhantes;
  • – Agredir verbalmente, gritar, dirigir gestos de desprezo, ou ameaçar com outras formas de violência física e/ou emocional.

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Gabriela Perecin

Jornalista graduada pela Fema (Fundação Educacional do Município de Assis/SP), desde 2010. Possui especialização em Comunicação Organizacional pela PUC-PR. Atuou com Assessoria de Comunicação no terceiro setor e em jornal impresso e on-line. Interessada em desenvolver reportagens nas áreas de educação, saúde, meio ambiente, inclusão, turismo e outros. Tem como foco o jornalismo humanizado.