A Portos do Paraná se engajou no projeto De Homem para Homem, iniciativa do Governo do Estado do Paraná, por meio da Secretaria de Segurança Pública (SESP-PR), que visa ampliar a proteção das mulheres e prevenir crimes contra elas.
A ação faz parte da Operação Mulher Segura, que agora alcança também os portos de Paranaguá e Antonina. Para isso, a empresa reuniu seus colaboradores homens em uma palestra e ação educativa focada nos direitos das mulheres..
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“Vivemos ainda em um ambiente portuário predominantemente masculino, mas as mulheres estão cada vez mais presentes e mostrando sua força. A Portos do Paraná trabalha para garantir igualdade de condições para todos, e essa palestra é mais uma maneira de alertarmos os homens sobre a necessidade de tratar todos com respeito, sem qualquer tipo de violência”, afirmou o Diretor Administrativo e Financeiro, Marcos Bonoski.
A Operação Mulher Segura, conduzida pela Secretaria de Segurança Pública, já atua na repressão de crimes contra mulheres e no suporte às vítimas. O projeto “De Homem para Homem” reforça essas iniciativas, intensificando as medidas preventivas e a conscientização entre aqueles que, muitas vezes, estão na posição de potenciais agressores.
“Esses encontros são voltados exclusivamente para o público masculino, com o intuito de desconstruir tabus que normalizam a violência contra a mulher. Queremos deixar claro que não há mais espaço para esse tipo de comportamento no Paraná”, afirmou Leonardo Carneiro, Delegado e Coordenador de Planejamento Estratégico da SESP-PR.
Wesley Moreira de Mello, Delegado da Polícia Civil de Paranaguá, destacou que, embora um possível agressor possa não estar presente, os participantes podem compartilhar o que aprenderam com amigos, familiares e colegas de trabalho.
“Sempre há alguém que podemos aconselhar, e é nosso papel replicar esse tipo de conteúdo para conscientizar todos sobre a importância de proteger as mulheres”, disse.
As palestras são destinadas exclusivamente aos homens, permitindo que os participantes se sintam à vontade para esclarecer dúvidas e discutir o tema de forma aberta. Durante os encontros, são exibidos vídeos com depoimentos de familiares de vítimas e de condenados por feminicídio, com o objetivo de mostrar o impacto devastador da violência contra as mulheres nas famílias e na sociedade.
De acordo com o Cabo Gonçalves, do 9.º Batalhão da Polícia Militar e integrante da Patrulha Maria da Penha, o trabalho anterior realizado com mulheres já tem apresentado resultados.
“Percebemos que o trabalho tem dado frutos, especialmente pelo aumento nas solicitações de medidas protetivas. Isso é positivo, pois a violência já existia, mas as mulheres, muitas vezes, não sabiam como buscar ajuda. Com essa ação, elas estão mais encorajadas a se proteger”, analisou.
Para Rodrigo Vanhoni, Analista Portuário e Presidente do Sindicato dos Portuários, o combate à violência contra a mulher é fundamental.
“Temos muitas portuárias trabalhando conosco, além de nossas filhas, esposas e mães. Não podemos ser violentos, especialmente com mulheres, que muitas vezes são mais vulneráveis. É necessário combater essa cultura de violência e promover mudanças”, concluiu.
Fonte: AEN