Capitão da embarcação encaminhou nota fiscal da compra do cordeiro para ser feito em celebração de tripulação cristã-ortodoxa
Durante o domingo, 19, foram veiculadas nas redes sociais imagens de uma embarcação atracada no Porto de Paranaguá, onde os tripulantes estavam com uma churrasqueira na parte externa do navio assando um animal. Muitas pessoas afirmaram que seria um cachorro, algo que é um crime no Brasil. No entanto, a “fake news” foi desmentida pela empresa pública Portos do Paraná, bem como pelo capitão da embarcação.
“O animal que estava sendo assado se trata de um cordeiro. O capitão enviou uma carta esclarecendo e a nota fiscal do cordeiro”, salienta. Na nota consta, em inglês, que a mercadoria seria um “lamb frozen whole”, ou em português, um cordeiro congelado de 21 quilos, que foi adquirido em Paranaguá na sexta-feira, 17.
Além disso, em carta assinada pelo capitão do navio “Louise B, com bandeira da Libéria, Theodoros Krimizis, divulgada para a comunidade portuária, ele esclareceu que os tripulantes estariam celebrando a Páscoa e a ressurreição de Jesus Cristo, sendo que eles seriam cristãos ortodoxos. Uma das tradições neste período é cozinhar um cordeiro, algo que foi feito pela tripulação no domingo, 19. O capitão ainda pediu desculpas por qualquer inconveniente e agradeceu às autoridades pela compreensão.
Tripulantes não podem descer do navio
Segundo a empresa pública Portos do Paraná, durante a pandemia do novo Coronavírus, os tripulantes não estão descendo dos navios no Porto de Paranaguá, algo normatizado pela Ordem de Serviço N.º 64/2020 da Portos do Paraná como forma de prevenção à Covid-19. No caso de qualquer crime ser cometido por alguém da tripulação de embarcação atracada no Porto, a responsabilização é feita por meio de inquérito da Capitania dos Portos do Paraná (CPPR).